Secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, lamentou a pouca aprovação e homologação de processos no âmbito do Programa de Regularização Extraordinária de Vínculos Precários.
O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, lamentou hoje que o Governo só tenha homologado 17 docentes do Ensino Superior e um investigador científico no âmbito do Programa de Regularização Extraordinária de Vínculos Precários (PREVPAP).
"Tomámos há pouco conhecimento e apenas para dar um exemplo, no ensino superior, o Programa de Regularização Extraordinária de Vínculos Precários (PREVPAP), até hoje saldou-se pela entrega de 1.512 processos de docentes e 1.671 de investigadores, tendo sido aprovadas nas Comissões de Avaliação (CAB) apenas 10% em cada um destes setores e foram somente homologados, até hoje, pelo Governo 17 docentes e um investigador", revelou o secretário-geral do PCP.
Para Jerónimo de Sousa, é "urgente quebrar este ciclo" e "assegurar a dignificação da docência" através da abertura de concursos públicos que deem oportunidade a que aqueles docentes sejam integrados na carreira universitária e trabalhem com os direitos que lhes são devidos".
Jerónimo de Sousa, que interveio hoje no Porto com um discurso de seis páginas num encontro designado por "precariedade no trabalho intelectual", destacou que a "persistente e prolongada ofensiva de décadas de ataque da política de direita contra os trabalhadores em geral" também se manifestou nas perda de direitos "nas camadas intelectuais", designadamente no setor da investigação mas também nas artes do espetáculo, arqueologia, advocacia, jornalismo, medicina e arquitetura.
"Os arquitetos continuam a figurar como dos profissionais que auferem os mais baixos rendimentos comparativamente com os outros países europeus", "as artes e espetáculos (...) com baixos salários e horários desregulados" e os cortes "brutais nas artes levaram ao fecho de dezenas de estruturas", "na arqueologia sabe-se que mais de 80% dos trabalhadores têm vínculos precários", ilustrou Jerónimo de Sousa no encontro com várias dezenas de trabalhadores precários.
Na área do jornalismo, Jerónimo de Sousa referiu que a "larga maioria ganha hoje menos de mil euros por mês " e que "mais de 33,4% dos jornalistas não têm contrato fixo", trabalham à peça, com avenças e como 'freelancers'.
"A percentagem de trabalhadores intelectuais que reporta horários de trabalho alongados aumentou consideravelmente desde 2010, quase duplicando no triénio 2010-2012", acrescentou.
O PCP não vai deixar de "continuar a agir e intervir no sentido de encontrar soluções que correspondam às especificidades de cada setor, visando resolver efetivamente o problema da precariedade", prometeu Jerónimo de Sousa, avisando que não pactuará com "soluções que adiem ou passem ao lado da aplicação do PREVPAP.
Governo só homologou 17 docentes e um investigador do ensino superior no PREVPAP
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Seria bom que Maria Corina – à frente de uma coligação heteróclita que tenta derrubar o regime instaurado por Nicolás Maduro, em 1999, e herdado por Nicolás Maduro em 2013 – tivesse melhor sorte do que outras premiadas com o Nobel da Paz.
É excelente poder dizer que a UE já aprovou 18 pacotes de sanções e vai a caminho do 19º. Mas não teria sido melhor aprovar, por exemplo, só cinco pacotes muito mais robustos, mais pesados e mais rapidamente do que andar a sancionar às pinguinhas?
“S” sentiu que aquele era o instante de glória que esperava. Subiu a uma carruagem, ergueu os braços em triunfo e, no segundo seguinte, o choque elétrico atravessou-lhe o corpo. Os camaradas de protesto, os mesmos que minutos antes gritavam palavras de ordem sobre solidariedade e justiça, recuaram. Uns fugiram, outros filmaram.