A proposta do Governo prevê a subida do salário mais baixo da administração pública, de 645 euros, para o salário mínimo nacional de 665 euros e da posição remuneratória seguinte, dos atuais 693 euros para 703 euros.
O Governo reúne-se hoje de novo com as três estruturas sindicais da Administração Pública para discutir a repercussão do novo salário mínimo nacional (SMN) na base da tabela salarial da função pública.
Na segunda-feira, o secretário de Estado da Administração Pública, José Couto, apresentou aos representantes dos funcionários públicos uma proposta para aplicar o atual valor do SMN, 665 euros, ao salário mais baixo da Administração Pública, que é de 645 euros.
A proposta do Governo prevê ainda a subida da posição remuneratória seguinte, dos atuais 693 euros para 703 euros.
Na ronda de reuniões de segunda-feira, as três grandes estruturas sindicais que representam os funcionários públicos nas negociações foram unânimes em considerar que a proposta do Governo é insuficiente, por deixar a maioria dos trabalhadores sem qualquer atualização remuneratória, dado que se limita praticamente a aplicar o valor do novo SMN.
O SMN passou de 635 euros para 665 euros em 01 de janeiro de 2021 e todos os empregadores são obrigados a respeitá-lo.
A aplicação do novo valor do SMN vai dar mais 20 euros de salário aos trabalhadores que auferem a remuneração mais baixa da função pública.
No âmbito da mesma proposta do Governo, os trabalhadores no escalão remuneratório seguinte vão receber mais 10 euros por mês e os restantes ficam inalterados.
O coordenador da Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública, Sebastião Santana, disse à agência Lusa que vai comparecer à reunião de hoje para reafirmar a necessidade de aumentos salariais para todos, assim como da revisão da Tabela Remuneratória Única (TRU), cuja base tem vindo a ser absorvida pelo SMN.
Maria Helena Rodrigues, presidente do Sindicato dos Quadros e Técnicos do Estado (STE), que lidera a Frente Sindical, disse à Lusa que só comparece a esta segunda reunião porque é prática do seu sindicato não recusar nunca o diálogo, mas não acredita que o Governo evolua na sua posição.
Para o secretário-geral da Federação Sindical da Administração Pública (Fesap), José Abraão, o nivelamento da base salarial da Administração Pública pelo salário mínimo "é um retrocesso inaceitável", mas espera que o Governo altere ainda a sua posição na reunião de hoje.
Governo reúne-se com sindicatos da função pública para discutir salário mínimo
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
Até porque os primeiros impulsos enganam. Que o diga o New York Times, obrigado a fazer uma correcção à foto de uma criança subnutrida nos braços da sua mãe. O nome é Mohammed Zakaria al-Mutawaq e, segundo a errata do jornal, nasceu com problemas neurológicos e musculares.