Sábado – Pense por si

Ferro Rodrigues defende que é tempo de reformas sem "calculismos partidários"

Presidente da AR considera que "os portugueses não compreenderiam que eventuais calculismos partidários prejudicassem a aprovação de mudanças que há muito se impõem".

O presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, defendeu esta quinta-feira que, depois da "urgência financeira", este é o tempo de fazer reformas em setores como a justiça e o território, sem "eventuais calculismos partidários" a pensar em eleições.

Eduardo Ferro Rodrigues falava na sessão solene de abertura do ano judicial, no Supremo Tribunal de Justiça, em Lisboa.

"Depois do tempo da urgência financeira, este é o tempo da política estratégica. O setor da justiça faz parte dessa equação estratégica, a par, certamente, de outros, como, por exemplo, as urgentes reformas do território e das florestas que o país exige", afirmou.

O presidente da Assembleia da República salientou que "as eleições europeias e legislativas serão apenas em 2019" e considerou que "os portugueses não compreenderiam que eventuais calculismos partidários prejudicassem a aprovação de mudanças que há muito se impõem".

"Nesse sentido, quero desde já saudar o trabalho desenvolvido no âmbito da Comissão Eventual para o Reforço da Transparência em Funções Públicas, e o conjunto de iniciativas que vão agora entrar em fase de discussão pública e parlamentar", acrescentou, considerando que a transparência e divulgação dos processos legislativos "são um bom antídoto contra o populismo antiparlamentar".

Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!

A Ucrânia não ficará sozinha

Zelensky vê na integração na UE uma espécie de garantia de segurança, ainda que não compense a não entrada na NATO. É possível sonhar com um cessar-fogo capaz de evitar uma futura terceira invasão russa da Ucrânia (agora para Odessa e talvez Kiev, rumo às paredes da frente Leste da UE)? Nunca num cenário de concessão do resto do Donbass. O invadido a oferecer, pela negociação, ao invasor o que este não foi capaz de conquistar no terreno? Não pode ser. Aberração diplomática que o fraco mediador Trump tenta impor aos ucranianos.