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Federação de Educação critica falta de divulgação das listas de professores

30 de agosto de 2018 às 14:35
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A FE reagiu às declarações do ministro da Educação, que considera que o ano lectivo começará com "normalidade".

A Federação Nacional de Educação criticou esta quinta-feira o Governo por não ter ainda divulgado as colocações dos professores, quando faltam poucos dias para o início do ano lectivo, e considerou que o novo ano será de "grande intranquilidade".

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Reagindo a declarações do ministro da Educação, que disse na quarta-feira considerar que o ano lectivo 2018/19 vai começar com tranquilidade, a Federação Nacional de Educação (FNE) referiu quinta-feira que, aos antigos problemas que "se arrastam há anos", se juntam novos dramas criados pelo Ministério.

"Desde logo, deve ser denunciada a incapacidade deste Ministério da Educação para resolver o problema dramático das colocações de professores feitas em cima da abertura do ano lectivo", sublinha a FNE, lembrando que isso faz com que "milhares de professores tenham escassas horas para organizarem toda a sua vida pessoal e familiar".

A federação considera "uma falta de respeito" que o cenário se repita "ano após ano".

Além disso, refere a federação sindical, o novo ano vai começar "sem que as escolas estejam dotadas dos funcionários de que precisam" como assistentes operacionais, assistentes técnicos ou psicólogos.

A isto ainda se junta o atraso na resolução das situações dos trabalhadores precários, acrescenta, sublinhando que "o que, de certeza, vai continuar a marcar as escolas vai ser a precariedade, a insegurança, a intranquilidade".

O aumento da idade média dos professores, por falta de reconhecimento do desgaste físico, psíquico e psicológico da profissão e a ausência de definição das condições de operacionalização dos currículos do ensino básico e secundário são outras das críticas apontadas.

O ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, disse na quarta-feira à rádio TSF que "tudo está preparado para que o ano lectivo comece com normalidade de tranquilidade", recordando alturas em que os anos lectivos não começavam em Setembro.

"Pudemos fazer algo que não acontecia até 2016. Em 2016, 2017 - e acreditamos que também em 2018 - começámos com normalidade e tranquilidade os anos lectivos e em Setembro", disse Tiago Brandão Rodrigues à margem do Summer Cemp, que decorre esta semana em Marvão.

"Nós pudemos, pelo menos nestes últimos dois anos, começar exactamente onde queríamos e agora estão criadas todas as condições para que o ano escolar possa começar a tempo e possamos fazer todo o trabalho de educação para a cidadania e inclusiva", sublinhou.

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