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Ex-espião Carvalhão Gil condenado a mais de sete anos de prisão

08 de fevereiro de 2018 às 18:34
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O julgamento foi realizado à porta fechada por estar em causa matéria sigilosa, relacionada com segredos de Estado. Ficaram provados crimes de espionagem e corrupção passiva.

O antigo espião Carvalhão Gil foi hoje condenado a sete anos e quatro meses de prisão pelos crimes de espionagem e corrupção passiva para acto ilícito. Ficará em prisão domiciliária durante o período em que decidirá se recorre ou não; se não recorrer, será encaminhado para a prisão. 

O julgamento do antigo agente do SIS realizou-se à porta fechada, visto que foram discutidas matérias relacionadas com segredos de Estado e por isso, sigilosas. 

O Ministério Público defendeu que Carvalhão Gil foi recrutado pelo Serviço Externo da Federação Russa (SVR) para, a troco de pagamento de quantias em dinheiro, prestar informações cobertas pelo segredo de Estado às quais tinha acesso devido às suas funções, indica a Lusa. A acusação diz ter apurado a realização de três encontros entre o arguido funcionário do SIS e o oficial do SVR Sergey Nicolaevich Pozdnyakov.

Elementos da PJ deslocaram-se a Roma para acompanharem as diligências e foram emitidos Mandados de Detenção Europeus (MDE) contra os dois suspeitos.

Segundo o MP, na posse do oficial do SVR foi encontrado e apreendido um documento manuscrito que lhe havia sido entregue pelo funcionário do SIS, contendo informação que foi considerada protegida pelo segredo de Estado.

Ao funcionário do SIS foram apreendidos diversos documentos e objectos, bem como a quantia de 10 mil euros, verba que lhe havia sido entregue pelo oficial do SVR, como contrapartida das informações que indevidamente tinha recebido, segundo a acusação.

No julgamento participaram várias testemunhas, como o ex-director do Serviço de Informações da República Portuguesa (SIRP) Júlio Pereira, o director do SIS Adélio Neiva da Cruz e vários inspectores da Unidade Nacional de Combate ao Terrorismo da PJ. 

 
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