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Enfermeiros queixam-se de frota automóvel para apoio domiciliário

24 de fevereiro de 2020 às 15:12
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"Há dificuldade em fazer todo o serviço, porque são poucas e porque têm uma idade média de 25 anos e não estão minimamente adaptadas para o serviço", queixam-se os enfermeiros.

O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses queixou-se hoje de que a frota automóvel na região de Viseu está velha e sem condições para prestar o apoio domiciliário.

"Faltam viaturas adequadas ao serviço domiciliário. Há dificuldade em fazer todo o serviço, porque são poucas e porque têm uma idade média de 25 anos e não estão minimamente adaptadas para o serviço, nomeadamente para a separação do lixo", queixou-se um dirigente daquele sindicato na região de Viseu.

Alfredo Gomes explicou em conferência de imprensa que, quando se fazem cuidados domiciliários, "os lixos e os limpos não têm circuitos separados, só há uma ou duas viaturas que o têm", o que "é um problema grave de saúde pública".

O sindicalista denunciou também a "falta de pagamento do subsídio de refeição para os enfermeiros que trabalham ao sábado".

Este responsável sindical contou que, num universo superior a 200 enfermeiros afetos ao Agrupamento dos Centros de Saúde (ACeS) de Dão Lafões, "estão sem subsídio cerca de 70 enfermeiros" e que "houve já a vitória em tribunal de um dos casos".

O diretor executivo do ACeS de Dão Lafões confirmou aos jornalistas que, "de facto, a situação da frota automóvel é antiga e que apresenta algumas deficiências"

"De qualquer maneira, todas as viaturas têm todas as condições de segurança".

O responsável acrescentou que espera estar em condições de "começar a ter capacidade para alguma substituição", garantindo que "nunca nenhum serviço domiciliário ficou por fazer, porque eles são muito importantes e então há o recurso a táxis, mesmo que tenha um custo acrescido".

"O número de motoristas que temos também é em número diminuto, para as necessidades que temos. De qualquer maneira, toda e qualquer atividade assistencial que ao ACES é solicitada, até hoje, nunca foi posta em causa, até porque a assistência domiciliária para nós é uma prioridade", assumiu.

António Cabrita Grade confirmou também que "não há separação do lixo, mas que a saúde pública não é posta em causa".

Sobre o subsídio de refeição, o diretor contou que desconhece casos em tribunal e que após o confronto da situação por parte do sindicato, "o ACeS analisou e, depois de todo o trabalho de secretariado e de fazer esse levantamento, está a pagar a totalidade" e, neste momento, "há já 50 processos tratados para pagamento".

"Posso dizer que isto não se resume só aos senhores enfermeiros. É um problema que começa a ser colocado por outros profissionais que trabalharam aos sábados e que também têm direito a esse pagamento e isso vai ser processado à medida que os pedidos sejam colocados e averiguados", assegurou.

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