Marisa Matias defendeu que o Governo deve ter mão firme e exigir a libertação dos tripulantes portugueses.
A dirigente bloquista Marisa Matias disse hoje ter recebido do Ministério dos Negócios Estrangeiros a informação de que a embaixadora portuguesa em Israel, Helena Paiva, está a caminho do centro onde estão detidos os portugueses em Israel.
Marisa Matias exige a libertação de portugueses detidos em IsraelPAULO NOVAIS/LUSA
Durante uma visita ao mercado municipal de Condeixa-a-Nova, integrada na campanha autárquica naquele concelho do distrito de Coimbra, a dirigente do BE recebeu um contacto da parte do Ministério dos Negócios Estrangeiros, embora sem grandes novidades, segundo relatou aos jornalistas.
"Infelizmente não há muitas informações novas, a informação que nos chega neste momento a é de que a embaixadora de Portugal em Israel está a aproximar-se do centro de detenção para entrar em contacto com os tripulantes que estão detidos mas pouco se sabe para além disso", disse.
Marisa Matias, que substitui na campanha eleitoral a coordenadora do BE, Mariana Mortágua, uma das pessoas detidas por Israel enquanto seguiam na flotilha que se dirigia a Gaza com ajuda humanitária, defendeu que o Governo deve ter mão firme e exigir a libertação dos tripulantes portugueses.
"Portugal tem de ter mão firme e o Governo português tem de ter uma posição firme, neste caso em concreto, para exigir a libertação [dos tripulantes]", disse.
Marisa Matias considerou ainda preocupante a falta de contacto com os detidos portugueses: "É muito preocupante, e sobretudo para as famílias, que estas pessoas estejam detidas há tanto tempo, sem ser possível fazer um único contacto. Não é normal que haja pessoas detidas e não possam, sequer, fazer um telefonema", argumentou.
As forças israelitas intercetaram na noite de quarta-feira para quinta-feira a Flotilha Global Sumud, com cerca de 50 embarcações, que se dirigia à Faixa de Gaza para entregar ajuda humanitária, detendo os participantes, incluindo quatro cidadãos portugueses: a líder do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, a atriz Sofia Aparício e os ativistas Miguel Duarte e Diogo Chaves.
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, disse hoje esperar que os cidadãos portugueses possam regressar ao país "sem nenhum incidente", considerando que a mensagem da flotilha humanitária foi transmitida.
Também foram detidos 30 espanhóis, 22 italianos, 21 turcos, 12 malaios, 11 tunisinos, 11 brasileiros e 10 franceses, bem como cidadãos dos Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, México e Colômbia, entre muitos outros -- os organizadores denunciaram a falta de informação sobre o paradeiro de 443 participantes da missão humanitária.
Embaixadora de Portugal em Israel a caminho do centro onde estão detidos os portugueses
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