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"Meti-me no lugar da minha avó, que é octogenária, vive sozinha e, como tantos outros, precisa que a ajudem e pensei que o poderia fazer, sem problema nenhum", relatou o jovem estudante de Gondomar.
Um estudante universitário de Gondomar disponibilizou-se para fazer as compras de supermercado, gratuitamente, a quem necessitar durante o período de quarentena provocada pela Covid-19 depois de se ter colocado "no lugar da avó, octogenária, e constatado as dificuldades".
Francisco Teixeira tem 20 anos, frequenta o terceiro ano da licenciatura de Gestão de Marketing no Instituto Português de Administração de Marketing (IPAM) do Porto e, relatou hoje à Lusa, apesar de remetido a "quarentena obrigatória" quer ajudar as pessoas mais necessitadas.
"Meti-me no lugar da minha avó, que é octogenária, vive sozinha e, como tantos outros, precisa que a ajudem e pensei que o poderia fazer, sem problema nenhum", contou o jovem residente em Baguim do Monte, no concelho de Gondomar.
O passo seguinte, disse, foi na sexta-feira à noite colocar um anúncio nas redes sociais Facebook e Instagram com a seguinte mensagem: "Disponibilizo-me gratuitamente a ir ao supermercado e entregar em casa bens essenciais durante o período de quarentena a todos aqueles que não tenham essa possibilidade", texto depois afixado "à porta do prédio" onde reside e onde "também habitam pessoas idosas".
Sem pedidos até ao momento para materializar o seu ato de solidariedade, Francisco Teixeira justifica-o pelo facto de "terem decorrido ainda poucas horas" e também porque, quem o segue, "são pessoas jovens", mantendo-se, por isso, na expectativa de "que mais tarde ou mais cedo possa ajudar alguém".
Apesar de estar em "quarentena obrigatória", o estudante universitário reforça "que é preciso haver quem esteja disponível para cuidar dos mais necessitados".
O seu raio de ação depende dos pedidos, mas quer ajudar pessoas num "raio de cinco ou 10 quilómetros, nos concelhos de Gondomar, Porto e Valongo".
"É também meu objetivo que isto possa ter um efeito catalisador e que mais pessoas o façam, pois há muitas pessoas a precisar de ajuda e nós podemos fazê-lo", disse.
Afirmando "não ter máscara nem luvas" para quando for às compras, afasta o cenário de contágio sublinhando que nos supermercados "os funcionários também não usam" e que não é isso que "vai aumentar o risco" para si ou para quem está a ajudar.
Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) atualizou hoje o número de casos no país para 169.
O Governo anunciou que as escolas de todos os graus de ensino vão suspender todas as atividades letivas presenciais a partir de segunda-feira, devido ao surto da Covid-19.
Várias universidades e outras escolas já tinham decidido suspender as atividades letivas.
O Governo decidiu também declarar o estado de alerta em todo o país, colocando os meios de proteção civil e as forças e serviços de segurança em prontidão.
A restrição de funcionamento de discotecas e similares, a proibição do desembarque de passageiros de navios de cruzeiro, exceto dos residentes em Portugal, a suspensão de visitas a lares em todo o território nacional e o estabelecimento de limitações de frequência nos centros comerciais e supermercados para assegurar possibilidade de manter distância de segurança foram outras das medidas aprovadas.
Já tinham sido tomadas outras medidas em Portugal para conter a pandemia, como a suspensão das ligações aéreas com a Itália.
Em tempo de quarentena, Francisco oferece-se para fazer as compras pelos idosos
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A frustração gera ressentimento que, por sua vez, gera um individualismo que acharíamos extinto após a grande prova de interdependência que foi a pandemia da Covid-19.
Talvez não a 3.ª Guerra Mundial como a história nos conta, mas uma guerra diferente. Medo e destruição ainda existem, mas a mobilização total deu lugar a batalhas invisíveis: ciberataques, desinformação e controlo das redes.