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Leonor Beleza foi apresentada como cabeça de lista, mas acabou por não o ser. Soares falhou o que queria. Sousa Franco morreu em campanha. Monteiro fez-se uma estrela. Seguro foi apeado depois de ganhar. Nas eleições a que ninguém liga aconteceu sempre muita coisa.
Era uma novidade, mas discreta, ofuscada pela coincidência com eleições legislativas no mesmo dia: a 19 de julho de 1987, os portugueses votaram pela primeira vez para o Parlamento Europeu (PE). A participação de 72,4%, nunca ultrapassada, será mais atribuível à eleição nacional. Fernando Condesso, que foi candidato pelo PSD, reconhece: "Recordo que os partidos não lhe deram especial importância, a eleição europeia não era tida como tendo efeito decisivo na política interna." Nem o resultado. O PSD obteve uma esmagadora maioria absoluta, com 50,2%, e foi esse o resultado a ficar para a história, e não os mais modestos 37,5% da lista europeia, liderada pelo então muito jovem Pedro Santana Lopes (31 anos recém-cumpridos), que fora secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros. Mas não faltavam pesos pesados. Maria de Lurdes Pintasilgo foi a cabeça de lista pelo PS, Francisco Lucas Pires pelo CDS. A CDU apresentou Ângelo Veloso e o PRD elegeu José Medeiros Ferreira. Mas nada na campanha permitiu autonomizar Bruxelas de Lisboa. O slogan do PSD não disfarçava: "Juntos vamos ganhar, Portugal não pode parar, no Parlamento Europeu apoiando o trabalho feito em Portugal" e nos cartazes o rosto maior era o de Aníbal Cavaco Silva, com Santana e Carlos Pimenta num canto, em baixo.
Eleições Europeias. Quedas, esquemas, morte e golpes
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O regresso de Ventura ao modo agressivo não é um episódio. É pensado e planeado e é o trilho de sobrevivência e eventual crescimento numa travessia que pode ser mais longa do que o antecipado. E que o desejado. Por isso, vai invocar muitos salazares até lá.
O espaço lusófono não se pode resignar a ver uma das suas democracias ser corroída perante a total desatenção da opinião pública e inação da classe política.