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Diretor de Faculdade de Ciências sobre aluno indiciado por terrorismo: "Cancelar exames seria de uma enorme imprudência"

Diogo Barreto
Diogo Barreto 11 de fevereiro de 2022 às 11:58
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Luís Caniço afirmou que a segurança dos alunos e funcionários da faculdade nunca estiveram em causa e anunciou o reforço das equipas de apoio psicológico aos alunos.

O diretor da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, Luís Carriço, afirmou que a segurança dosfuncionários, alunos e docentes nunca esteve em causa apesar do plano de um jovem em lançar um ataque no campus esta sexta-feira.

Faculdade de Ciências de Lisboa
Faculdade de Ciências de Lisboa CMTV

"A segurança de alunos e funcionários nunca esteve em causa", começou por afirmar o diretor da faculdade. "De acordo com dados que temos não há quaisquer indícios que ponham em causa a segurança todos nesta comunidade", sublinhou. O diretor disse ainda ter "total confiança" no trabalho das autoridades que estão a tratar do caso.

Apesar de garantir que "cancelar exames seria uma enorme imprudência", Luís Carriço salienta que a FCUL vai estar atenta ao desempenho académico dos alunos que estão a fazer exames esta sexta-feira e anunciou a disponibilização de equipas de apoio psicológico para alunos que o peçam. "Temos uma equipa de apoio psicológico reforçada pela Faculdade de Psicologia para apoiar os alunos, caso seja necessário", informou.

"O trabalho desenvolvido pelas autoridades permitiu sempre que a segurança da comunidade de Ciências estivesse salvaguardada, não tendo havido, nem havendo, indícios que aconselhem a alterar o normal funcionamento da Escola", pode ler-se na conta de Instagram, numa publicação feita esta quinta-feira à noite. "Estamos juntos e, como sempre, tudo faremos para manter a segurança de todos em primeiro lugar", conclui a publicação.

Nos comentários à mesma lêem-se muitos alunos indignados pela decisão de manter o "normal funcionamento" do estabelecimento. Muitos questionam a faculdade por decidir manter os exames, alegando que dificilmente se conseguiriam concentrar.

O objetivo de João era matar o máximo de pessoas possível no ataque à Faculdade de Ciências. Para esta sexta-feira estão marcados 47 exames de segunda fase e uma entrega de prémios, o que garantia que haveria centenas de pessoas na escola.

Os representantes dos alunos chegaram a defender uma suspensão do calendário de exames e dos eventos marcados para a faculdade, mas a administração da mesma não decidiu nesse sentido.

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