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Director da Polícia Judiciária militar pode ser ouvido na Relação

27 de setembro de 2018 às 13:53
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Audição na Relação acontecerá caso Ministério Público qualifique os crimes de que o coronel Luís Vieira está indiciado como crimes militares. Arguidos já foram arguidos.

Oito arguidos, sete militares e um civil, detidos na operação Húbris, foram identificados, na manhã desta quinta-feira, por um juiz de Instrução Criminal em Lisboa, segundo a funcionária judicial. A identificação dos detidos foi efectuada em grupos de quatro e o despacho de apresentação dos mesmos é composto por 178 páginas.

Fontes ligadas ao processo admitiram àLusaa possibilidade de o coronel Luís Augusto Vieira, director da Polícia Judiciária militar e um dos detidos, ser interrogado no Tribunal da Relação caso o juiz ou o Ministério Público qualifique os crimes de que está indiciado como crimes militares.

O director-geral da Polícia Judiciária Militar, Luís Vieira, foi detido na terça-feira, estando entre os oito visados por mandados de detenção emitidos na Operação Húbris, relacionada com o caso das armas furtadas em Tancos. Para além de Luís Vieira, os mandados de detenção visaram outros três responsáveis da PJM, um civil e três elementos da GNR.

Fonte ligada à investigação referiu que este caso se prende com a encenação montada relativamente à descoberta e recuperação das armas que haviam sido furtadas em Tancos.

Na Operação Húbris, participaram cinco magistrados do Ministério Público e cerca de uma centena de investigadores e peritos da Polícia Judiciária.

O furto de material militar dos paióis de Tancos - instalação entretanto desactivada - foi revelado no final de Junho de 2017. Entre o material furtado estavam granadas, incluindo antitanque, explosivos de plástico e uma grande quantidade de munições.

Em 18 de Outubro, a Polícia Judiciária Militar recuperou, na zona da Chamusca, quase todo o material militar que tinha sido furtado, à excepção de munições de nove milímetros.

Contudo, entre o material encontrado, num campo aberto na Chamusca, num local a 21 quilómetros da base de Tancos, havia uma caixa com cem explosivos pequenos, de 200 gramas, que não constava da relação inicial do material que tinha sido furtado, o que foi desvalorizado pelo Exército e atribuído a falhas no inventário.

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