Filipe Melo alegou que um funcionário da TAP se queixou a Manuel Beja de ter sido deixado sozinho numa sala durante dois meses, o que levou à sua saída. O chairman nega.
A audição de Manuel Beja,chairmanda TAP, foi marcada por um momento de tensão entre o responsável e Filipe Melo, deputado do Chega. A tensão começou a instalar-se entre ambos quando o deputado o questionou acerca de Manuel Beja ter insistido em ser chamado dechairpersonem vez dechairman, o que este negou. Também alegou que um funcionário da TAP, um comandante, foi sujeito a um processo disciplinar devido a comentários homofóbicos. "Ficou sem voar durante um mês, foi suspenso e não teve oportunidade de se defender."
António Cotrim/Lusa
Manuel Beja, que na audição já se referiu ao seu marido, recusou ter tido alguma vez interferência em processos disciplinares. "Tive conhecimento pelas notícias. Foi público. Não tinha a ver com identidade de género. Era homofóbico, alegadamente", disse, sobre o comentário. "É falso que tenha tido qualquer intervenção nesse processo. As declarações que recebeu e ouviu são difamadoras", respondeu a Filipe Melo.
O deputado do Chega referiu-se de seguida à alegada queixa de um trabalhador sobre a forma como foi tratado, tendo acabado um vínculo contratual de 34 anos na TAP onde era técnico de manutenção. Filipe Melo relata que o trabalhador foi colocado, sozinho, numa sala vazia durante sete dias por semana, ao longo de dois meses.
"Não o dou como bom. Parece-me uma prática incorreta de todos os pontos de vista. Estaria muito surpreendido que pudesse acontecer na TAP", respondeu Manuel Beja.
Filipe Melo indicou depois que o caso tinha sido denunciado pelo trabalhador junto de Manuel Beja, durante um almoço. "E se eu lhe dissesse que almoçou com este trabalhador, que lhe reportou essa situação?". "Digo que o senhor deputado está a mentir", respondeu Manuel Beja.
"Não me falou, de todo de um processo de intimação que passasse por sete horas sentado numa sala, não me falou em depressões e na descrição que o senhor deputado me fez", garantiu. Ochairmanrecebeu um email do trabalhador, de agradecimento, por tê-lo escutado, mas no encontro não foram relatadas situações de abusos.
Face à acusação de estar a mentir, Filipe Melo quis suspender a inquirição até que Manuel Beja pedisse desculpa. Contudo, os trabalhos prosseguiram, e o deputado do Chega garante que tem provas e que irá responder noutras instâncias.
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