Sábado – Pense por si

Dia 19, vou para o inferno ganhar seis euros à hora

Eduardo Dâmaso
Eduardo Dâmaso 08 de abril de 2020 às 19:34

Não me parece injusto o que ganham os médicos mas aflige-me ser cúmplice, pelo silêncio ou inacção, da tremenda injustiça que estamos todos a fazer aos enfermeiros de todas as categorias, especialidades e condições.

Alguns dirão, lá dos seus sofás do T5 no centro de Lisboa, onde exibem as suas quarentenas fofinhas gravando home-vídeos bastante ridículos, que sou um pouco populista. Que sou o gajo que anda com aquele discurso da corrupção, com a mania de que os políticos são isto e aquilo. Não é verdade. Nunca fui populista e nunca achei que os discursos sérios sobre a corrupção se constroem numa perspectiva de terra queimada. Sempre fui bastante moderado no voto, nas ideias sobre o Estado, o povo e a vida em geral. Os meus amigos sabem-no bem. E sabem, no essencial, o que penso sobre a corrupção: tudo o que vai para o bolso de um político ou de um funcionário corruptos é dinheiro público roubado ao bem de todos, na Saúde, na Educação ou na Segurança. Vem isto a propósito de um amigo, um socialista democrático, como Mário Soares gostava de dizer, eleitor do actual governo, que hoje escrevia numa pequena rede social das suas amizades uma coisa de grande inspiração sobre o estado de emergência que vivemos e que, sem a licença dele, aqui partilho:

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