O deputado não inscrito não quis revelar o sentido de voto no Plano e Orçamento da região para 2022.
O deputado não inscrito do parlamento dos Açores, Carlos Furtado, que foi eleito pelo Chega, disse hoje que o partido "afinal não é de extrema-direita", mas sim de "extrema irresponsabilidade".
ANDRÉ KOSTERS/LUSA
"Queria facilitar os açorianos em geral e o senhor presidente do Governo em particular. Felicitar porque, ao que parece, no final da semana passada, os Açores, os açorianos e este governo viram-se livres de um acordo com um partido que afinal não é de extrema-direita, mas sim de extrema irresponsabilidade", afirmou, referindo-se às declarações do deputado único do Chega, José Pacheco.
Na sexta-feira, José Pacheco afirmou que "nada está fechado" quanto à votação do Orçamento para 2022, que está dependente de negociações em curso, incluindo para um novo acordo parlamentar, e de o partido ser tratado "com respeito", regional e nacionalmente.
Hoje, no primeiro dia da discussão do Plano e Orçamento da região para 2022, que decorre durante esta semana na Assembleia Legislativa dos Açores, na Horta (ilha do Faial), Carlos Furtado considerou que o Chega "não faz parte da solução", mas sim "do problema".
Furtado foi eleito pelo Chega nas eleições de outubro de 2020, mas passou a deputado independente em julho, após perder a confiança política do líder nacional do partido, André Ventura.
O deputado não inscrito não quis revelar o sentido de voto no Plano e Orçamento da região para 2022.
"A minha aprovação ou não deste Orçamento dependerá também de outras rubricas que vão ser faladas e discutidas nestes próximos dois dias, sendo que, por essa razão, não posso agora deixar definida a minha posição de voto", apontou.
Carlos Furtado pediu "mais atenção" e uma "governação mais fina" nas áreas da saúde, educação e na economia produtiva.
A proposta final do Orçamento para 2022 do Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM), entregue no início do mês na Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores (ALRAA), é de dois mil milhões de euros, 800 milhões dos quais destinados a investimento.
O endividamento, que na anteproposta se situava nos 295 milhões de euros, desceu para os 170 milhões.
Num parlamento com 57 eleitos, a coligação de direita tem 26 deputados, pelo que está dependente de mais três parlamentares para ter maioria absoluta.
A coligação de Governo assinou um acordo de incidência parlamentar com o Chega e o PSD assinou outro com a Iniciativa Liberal.
O deputado independente Carlos Furtado disse na sexta-feira que vai "honrar" o seu "compromisso" firmado com o Governo na votação do Orçamento.
No mesmo dia, Nuno Barata, da Iniciativa Liberal, indicou à Lusa que votará a favor do Orçamento se o documento contemplar uma redução entre "15 a 20 milhões de euros" nos 170 milhões de euros previstos para o endividamento.
Na semana passada, o líder nacional do Chega, André Ventura, pediu ao deputado único do Chega/Açores, José Pacheco, para retirar o apoio à coligação de governo.
PS (25 deputados), BE (dois) e PAN (um), que juntos representam 28 deputados, já revelaram que votam contra o Orçamento Regional para 2022.
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