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Covid-19: Chega diz que desemprego vai atingir 10% e Estado tem de cortar despesa "supérflua"

André Ventura lamentou ainda que o Governo se prepare para não dar benefícios fiscais, que considerou essenciais para agentes dos setores da restauração e da hotelaria.

O deputado do Chega,André Ventura, manifestou-se, esta terça-feira, "preocupado" e "desiludido" com a atuação do Governo face à crise do país, dizendo que o desemprego pode atingir 10% e que o Estado tem de cortar "despesa supérflua".

André Ventura falava aos jornalistas após ter estado reunido com o primeiro-ministro, em São Bento, sobre o Orçamento Suplementar e sobre o Programa de Estabilização Económico e Social, diplomas que o Governo pretende entregar em junho na Assembleia da República.

O deputado do Chega lamentou que o Governo se prepare para não dar benefícios fiscais, que considerou essenciais para agentes dos setores da restauração e da hotelaria, entre outros, assim como não contemple nas suas medidas "isenções para a Segurança Social".

"Tivemos um aumento de 70 mil desempregados, numa estimativa que o Governo pensa que pode chegar aos 10% no final do ano. Ou nós estimulamos a economia e cortamos as despesas desnecessárias do Estado, ou não há cenário otimista que resista a isto", advertiu o líder do Chega.

Num contexto de "enorme redução da receita fiscal, com aumento da despesa social", o deputado do Chega defendeu depois de um caminho de "apoio robusto à economia e de corte nas despesas necessárias".

"Temos de evitar mergulhar numa crise financeira", declarou, antes de avisar que não aceitará que o investimento público que o Governo de preparar para fazer "acabe nas malhas da burocracia e da corrupção".

Questionado sobre que despesas o Governo deve cortar na máquina do Estado, André Ventura destacou o futuro observatório contra a discriminação e contra o racismo "na área da ministra Mariana Vieira da Silva".

Para André Ventura, "em Portugal, nesta altura, esse observatório não se justifica". "Nas regiões autónomas, já identificámos vários organismos que podem ser extintos. O mesmo em relação a institutos públicos que têm uma atividade completamente dependente do Governo. Estamos a ter uma despesa muito grande com fundações, observatórios e institutos", acrescentou.

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