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Aumento imediato dos rendimentos como resposta iria ser "comido rapidamente" pela consequente subida de preços, defende secretário-geral do PS.
O secretário-geral do PS recusou hoje alimentar a espiral inflacionista, sustentando que um aumento imediato dos rendimentos como resposta iria ser "comido rapidamente" pela consequente subida de preços, tal como aconteceu nos anos 70 e 80.
ANTÓNIO COTRIM/LUSA
"Temos de travar a inflação e não disseminar a inflação, gerando uma espiral inflacionista", declarou António Costa na intervenção que proferiu na abertura da reunião da Comissão Nacional do PS e que dedicou sobretudo aos efeitos económicos provocados pela invasão militar da Rússia na Ucrânia.
Ao longo de mais de dez minutos, o líder socialista destacou o conjunto de diplomas que visam a contenção do aumento dos custos da energia e do agroalimentar e que foram aprovados na sexta-feira à noite em reunião extraordinária do Conselho de Ministros.
Neste ponto, o atual primeiro-ministro recusou o caminho proposto por algumas forças políticas, sobretudo as que estão à esquerda do PS, dizendo que não vai "embarcar na ilusão de que se aumenta o poder de compra e se combate a inflação só por via da subida dos rendimentos".
"Todos os que viveram nos anos 70 e 80 se recordam [das consequências] de responder unicamente com aumento dos rendimentos ao aumento dos preços. Se os preços estão a aumentar porque os custos de produção estão a subir na área da energia, então, por essa via, iríamos só aumentar mais os custos de produção. Os preços iriam aumentar e cairíamos na ilusão do aumento do rendimento, que rapidamente seria comido pela subida da inflação", sustentou.
Por isso, para António Costa, "não é essa espiral inflacionista" que o seu Governo "quer alimentar".
António Costa procurou depois assegurar que o Governo não abdicou "do objetivo central de melhoria dos rendimentos" dos portugueses ao longo desta legislatura.
"Vamos manter e prosseguir a estratégia de política de rendimentos que consta do nosso programa, começando por negociar em sede de concertação social o objetivo estratégico de combate às desigualdades. Nos próximos quatro anos, temos de elevar o peso dos salários no Produto Interno Bruto (PIB), pelo menos, para o nível médio da União Europeia, que é de 48%, e vamos prosseguir a trajetória de subida do salário mínimo nacional", afirmou.
António Costa destacou ainda que a proposta de Orçamento, que será apresentada na próxima semana, manterá todas as promessas de desagravamento fiscal em sede de IRS para jovens e classe média, bem como medidas de caráter social.
"Vamos mitigar aquilo que está a ser o aumento dos preços, mas ao mesmo tempo vamos prosseguir a política de aumento dos rendimentos", declarou.
No entanto, segundo António Costa, o executivo não embarcará "em medidas de ilusão, em que rapidamente esses aumentos são comidos pela inflação".
"Temos mesmo de travar a inflação e não multiplicá-la em espiral, numa situação em que depois ninguém sabe como se controla", reforçou.
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