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Como Angola escondeu a fraude no BES

Carlos Rodrigues Lima
Carlos Rodrigues Lima 18 de fevereiro de 2021 às 20:00

O procurador do caso BES considerou que os acionistas do banco angolano fizeram uma espécie de chantagem: ou havia uma garantia soberana ou revelavam publicamente a fraude, que arrastaria todo o sistema bancário.

Foi, muito provavelmente, um caso único em todo o mundo: no fim de 2013, apesar de formal e explicitamente os acionistas do Banco Espírito Santo Angola (BESA) terem comunicado a existência de uma "fraude de dimensão muito significativa", o estado angolano aceitou emitir uma garantia soberana para proteger o banco. Novos documentos que constam do processo-crime do Banco Espírito Santo, em Portugal, revelam muito do que se passou nos bastidores e, sobretudo, várias omissões.

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