
José Eduardo dos Santos. Os últimos anos
Um homem engenhoso que ficou sem os bajuladores.
Um homem engenhoso que ficou sem os bajuladores.
As autoridades angolanas rescindiram a procuração de representação e o acordo de pagamentos a Paulo Blanco. O advogado diz que lhe ficaram a dever muito dinheiro.
O ainda acionista da TAP desmente, mas a sua transferência de 5 mil euros está entregue na Entidade das Contas. Não está sozinho, há outros empresários a contribuir. O advogado Francisco da Cruz Martins facilitou almoços com amigos de caça endinheirados para angariar apoios financeiros ao Chega.
Carta do BESA enviada ao antigo presidente de Angola, José Eduardo dos Santos, refere que o antigo líder do banco, Álvaro Sobrinho, não tinha "efetiva vontade ou capacidade" de resolver os problemas criados pela sua gestão, o que levou ao pedido de ajuda do BES ao Estado angolano, em 2013.
Governo em 2014 não autorizou valor que daria "margem adicional" ao Novo Banco, revela o director de supervisão do Banco de Portugal, que elogiou o papel "enérgico" do regulador no caso BES.
O braço de ferro durou anos. Houve pressões, jogos de bastidores e muito dinheiro envolvido. Os milhões de Angola colocados na banca nunca tiveram uma origem bem definida: eram do Estado e de figuras poderosas do regime liderado por José Eduardo dos Santos. Estas são as histórias dos esquemas cruzados, offshores, lavagem de dinheiro e relações perigosas.
O procurador do caso BES considerou que os acionistas do banco angolano fizeram uma espécie de chantagem: ou havia uma garantia soberana ou revelavam publicamente a fraude, que arrastaria todo o sistema bancário.
Os advogados de defesa dos quatro réus anunciaram a intenção de interpor recurso das penas aplicadas junto do Plenário, a instância superior do Tribunal Supremo.
Em causa estão crimes de burla por defraudação, peculato e tráfico de influências no processo "500 milhões".
Depois do “caso BES”, um dos próximos passos do Ministério Público é o banco angolano, rodeado de histórias de levantamentos de milhões em numerário, advogados e reuniões escaldantes. SÁBADO revela documentos até hoje em segredo.
Uma gerente do Banco Fomento Angola disse que depositou 250 mil dólares em notas na conta do antigo chefe de gabinete do ex-presidente de Angola a mando da administradora do banco Manuela Moreira.
O BFA garante publicar, "nos próximos dias", uma nota de imprensa "com esclarecimentos" sobre António Domingues, que na semana passada se demitiu do cargo de vice-presidente da instituição bancária.
Empresária diz-se "totalmente impossibilitada de poder ajudar" por se ver "arrastada para um amontoado de processos judiciais repletos de falsidades e assentes em documentação forjada".
Carta de ex-Presidente de Angola levantou dúvidas ao Ministério Público. José Eduardo dos Santos disse ter autorizado transferência dos 500 milhões de dólares.
Ex-Presidente de Angola foi questionado sobre suposta transferência indevida de 500 milhões de dólares do Estado angolano para um banco no exterior do país. Filho é arguido.
No dia 17 de janeiro, a empresária angolana disse que vai avançar com ações em tribunal contra o consórcio que divulgou a investigação Luanda Leaks, reafirmando a origem lícita dos investimentos que fez em Portugal.