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Como André Ventura criou o Chega

Alexandre R. Malhado
Alexandre R. Malhado 04 de setembro de 2024 às 23:00

Era do PSD e votava em Sócrates, mas foi no populismo que vingou. Ressentido com uma “traição” de Montenegro, Ventura demitiu-se de vereador em Loures e criou o Chega com amigos – que já saíram do partido. Uma história com falsificações, dívidas pagas pelo próprio e “facadas nas costas”.

Hoje, o Chega é um partido com 50 deputados na Assembleia da República, milhares de euros de subvenção estatal para gerir e uma base implantada um pouco por todo o país. Todavia, o caminho para aqui chegar envolveu traições, purgas internas, flexibilidade ideológica, mentiras deliberadas e uma estratégia assente na atualidade mediática para ganhar votos e notoriedade. O crescimento deu-se através das redes sociais e da cópia de modelos seguidos internacionalmente por partidos semelhantes: declarações bombásticas, exploração do medo e do ressentimento da população, apresentação de soluções aparentemente fáceis para problemas complexos e, não raras vezes, através da mentira deliberada como forma de ganhar votos.

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