
Autárquicas. Guia para ser candidato pelo Chega
Fins de semana de convívio, visitas de estudo ao parlamento, formações para aprender a falar com jornalistas e a ser candidato: como o Chega recruta e prepara para as Autárquicas.
Fins de semana de convívio, visitas de estudo ao parlamento, formações para aprender a falar com jornalistas e a ser candidato: como o Chega recruta e prepara para as Autárquicas.
Era do PSD e votava em Sócrates, mas foi no populismo que vingou. Ressentido com uma “traição” de Montenegro, Ventura demitiu-se de vereador em Loures e criou o Chega com amigos – que já saíram do partido. Uma história com falsificações, dívidas pagas pelo próprio e “facadas nas costas”.
Do “Plano Kalergi” de substituição ao esquema oculto para uma Nova Ordem Mundial, do elogio a um genocida ao barco cedido e não devolvido: as teorias e o CV do candidato-bomba que pode rebentar com os planos de sucesso europeu de André Ventura.
Quase todos os pequenos partidos mostraram porque não têm lugar no parlamento. Mas há moderados e novos rostos e forças partidárias emergentes. Uma análise ao debate na RTP.
Alguns são tremendistas, sonoros, extremados e radicais. Mas também há moderados e um deles até tem algumas hipóteses de eleger um deputado.
Nuno Afonso, fundador do Chega e ex-braço direito de André Ventura, será cabeça-de-lista em Lisboa pela coligação Alternativa 21, que inclui o Aliança e o MPT.
Ventura afirmou que o programa eleitoral para as eleições legislativas de março, a apresentar nos próximos dias, segundo disse, será "ambicioso, credível e forte" e "o mais bem preparado da história do partido", tendo envolvido "pessoas de todas as áreas".
À sexta reunião magna em quatro anos e meio de existência, Ventura vai anunciar medidas do programa político e corrigir erros estatutários. Contudo, para não causar fissuras no partido, adia nomes de listas de deputados para o pós-congresso.
Guerras internas e a ordem de chumbo de orçamentos à esquerda levou o Chega a perder quase metade dos autarcas, que contam histórias de perseguição e xenofobia.
Ao lado de André Ventura, Jorge Castela fundou o Chega. Já longe do partido, o advogado, economista e primeiro ideólogo da estrutura fala sobre a incompetência que provocou a atual crise estatuária e crítica a posição pró-ucraniana do partido.
A bancada parlamentar do Chega é acusada de fazer piadas racistas, provocações, ruídos de animais à passagem de deputados, interrupções e ataques misóginos.
Tribunal ia decidir esta segunda se antigo chefe de gabinete de Ventura terá de indemnizar BE em 20 mil euros por post de Facebook, mas greve adiou. Nuno Afonso garante à SÁBADO estar "tranquilo"
Na paz aparente do último congresso do Chega, ouviram-se desejos por menos litígios, mais votos do que o PSD, violência física contra o PCP, dietas à deputada do PAN e aplausos contraditórios sobre a guerra na Ucrânia.
Se Ventura prometeu "ultrapassar o PSD" no arranque do quinto congresso do Chega, a frente parlamentar reiterou. E deixou avisos à oposição interna.
É o quinto congresso do Chega em quatro anos de existência. De volta aos estatutos de 2019, após chumbos do TC, Ventura vai afastar da direção quem já lhe fez frente. Nuno Afonso vai mais longe e sairá do partido.
O que diz o acórdão do Tribunal Constitucional que chumba o estatuto do Chega? Que é um partido com "problemas de articulação e transparência", "concentração de poderes na figura do presidente" e que restringe "direitos fundamentais". Opositores de Ventura celebram decisão.