O partido assume ainda ter dito à comunicação social que iria prestar declarações no início do evento e nega responsabilidades no caso.
O Chega lamenta aagressão ao jornalista do Expressoque foi removido à força de um evento na Universidade Católica no qual participava André Ventura. Num comunicado, o partido diz repudiar "qualquer tentativa de condicionamento ou limitação do direito à informação" e assume ter informado os jornalistas de que Ventura iria falar à comunicação social no início do evento.
ANTÓNIO COTRIM/LUSA
No comunicado, o partido informa ainda que "aquilo que foi comunicado aos jornalistas por parte da assessoria de imprensa do Chega foi que o presidente do partido falaria à comunicação social no início do evento". "Foi isso mesmo que aconteceu, com o respetivo acompanhamento por parte da assessoria de imprensa do partido". O partido assume que André Ventura foi convidado para estar presente numa palestra com estudantes das faculdades de Direito e Ciências Sociais e Humanas da Universidade Católica Portuguesa, mas recusa ter participado na sua organização
"O Chega lamenta a situação criada no evento organizado pelas associações de estudantes das faculdades de Direito e Ciências Sociais e Humanas da Universidade Católica Portuguesa", pode ler-se no comunicado, repudiando "qualquer tentativa de condicionamento ou limitação do direito à informação e intimidação de jornalistas".
Na terça-feira, o jornalExpressodeu conta de que um seu jornalista tinha sido agredido num evento com André Ventura, mas a organização negou, admitindo apenas que o profissional "foi removido" da sala. Segundo o semanário, o jornalista foi removido à força depois de dois jovens prenderem os seus movimentos, "agarrando-o pelos pés e pelos braços, forçando a sua saída do evento, deixando todo o equipamento de trabalho na sala, incluindo o computador profissional".
Alegadamente, o jovem apresentou-se como jornalista à entrada do evento e duas estudantes que ajudavam à organização do evento deixaram que entrasse. Passados dez minutos, os organizadores forçaram o jornalista do semanário a abandonar a sala.
Esta terça-feira, a Universidade Católica repudiou qualquer tentativa de limitação do direito à informação e intimidação de jornalistas. Em comunicado, a Católica criticou a "manipulação deliberada das normas de acesso ao evento pelo partido convidado", ou seja pelo Chega. Mas no comunicado agora emitido, o partido nega qualquer responsabilidade na organização, "bem como na definição das normas de acesso ao mesmo, quer de participantes, quer da comunicação social", desmentindo a universidade.
Numa nota emitida na terça-feira à noite, o Sindicato dos Jornalistas (SJ) condenou a agressão, afirmando tratar-se de um crime público, "cometido à vista de muita gente, que tem de ser investigado e punido exemplarmente".
O SJ repudiou o "atentado contra a liberdade de imprensa e contra a integridade física" de um jornalista em funções, lembrando que a agressão a estes profissionais é crime público desde 2018.
No comunicado, o SJ exorta ainda as autoridades a agirem "com a celeridade que um atentado destes exige", pede uma punição exemplar para os agressores, acrescentando que vai questionar a UCP sobre as medidas que tomou para evitar este tipo de comportamento dentro das suas instalações.
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