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Num texto carregado de ironia, o antigo primeiro-ministro compara os últimos anos do seu Governo com os oito anos de governação de António Costa.
O antigo primeiro-ministro assinou um artigo no Observador no qual compara os seus dois últimos anos de Governo nos anos de 1990 com os últimos oito do executivo socialista. Relembra todas as obras que foram construídas ou para as quais lançou os alicerces, deixa farpas ao Governo de António Costa e ao data center de Sines e compara-se ainda à super-modelo Claudia Schiffer.
O texto tem como título "Memórias de um governo "cansado" e "arrogante" (Parte I)" e começa com uma citação de Miguel Esteves Cardoso, o antigo diretor do jornal O Independente, abertamente anti-cavaquista, sobre ironia: "A ironia é uma brincadeira, é uma dança de inteligências, e o prazer de dizer o que não se deve, só para divertir e escandalizar". Depois, num longo exercício de memória e enumeração, Cavaco vai lembrando as obras que os seus ministros (e ele próprio) lançaram, questionando o Governo socialista sobre o que tem para mostrar que se compare.
Tiago Sousa Dias/Sábado
"Com a falta de humildade e a vaidade que me são atribuídas digo que estou absolutamente convencido de que, nessa década, por ação dos meus governos, o desenvolvimento de Portugal, em todas as suas dimensões, deu um salto em frente que muito surpreendeu a União Europeia e que, depois, em nenhuma outra década foi alcançado resultado semelhante", começa por dizer, lembrando depois o programa de erradicação das barracas das áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, a conclusão do troço do IP4, para completar ligação entre Amarante e Bragança, a construção da Ponte de Freixo (no Porto) e da Ponte Vasco da Gama (Lisboa), o lançamento do concurso internacional para a introdução do comboio na Ponte 25 de Abril e, entre outros, a promoção para a criação da Portugal Telecom. Tudo isto foi feito nos dois últimos anos do seu Governo que muitos apelidavam de estar "cansado".
E diz mesmo que acompanhar a execução do programa de erradicação das barracas "exigiu um tal esforço" que lhe "trouxe à memória" o estado em que se sentia "quando, em jovem, como atleta do CDUL, terminava a prova de 400 metros barreiras".
"O que fica escrito é suficiente para demonstrar que é compreensível que afamados analistas e cronistas políticos pensem que era natural que os ministros do governo sentissem alguma fadiga física, tal a dimensão da obra realizada nos últimos dois anos da minha década de primeiro-ministro, quando comparada com a dos oito anos do atual poder socialista", remata o antigo Presidente da República, interpretando essa ideia de liderar um Governo cansado como o resultado de uma atividade intensa. "A minha satisfação por esta obra é tanto maior, quanto ela foi realizada num tempo em que o Governo enfrentou uma forte oposição política, uma legítima, outra menos legítima", salienta ainda o antigo chefe de Governo.
Ao longo do artigo, Cavaco lembra que se auto proclamou padrinho da Expo'98 e que partiu de si a ideia de chamar "Vasco da Gama" à ponte que se estava então a construir, como forma de comemorar os "500 anos dos Descobrimentos portugueses"; compara-se a Claudia Schiffer ("em concorrência mediática com Claudia Schiffer, a top model de beleza estonteante que então entusiasmava jovens e não só, no Porto, presidi à cerimónia de assinatura do protocolo entre o governo e a Fundação de Serralves") e enumera os vários prémios que foi ganhando, bem como os elogios internacionais.
O antigo governante recordou também "a arrogância política e a vaidade" com que, em 26 de abril de 1995, no final da cerimónia de inauguração da fábrica de automóveis da Autoeuropa, conduziu "um veículo nela produzido, dando uma volta à pista de ensaios". "Faltavam seis meses para cessar as funções de primeiro-ministro", indicou, questionando "quando é que chega o outro projeto do tipo Autoeuropa de que o poder socialista tem falado", referindo-se ao data center que o Governo prometeu que iria ser instalado em Sines e que está na origem do processo Influencer que contribuiu para a queda do Governo.
A segunda parte do artigo será divulgada na próxima terça-feira, também no Observador, e será dedicada ao pecado da "arrogância política".
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