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CGTP avisa que protestos "vão ganhar maior dimensão"

Arménio Carlos considerou que o PS "colocou-se nos braços da direita" ao chumbar as propostas dos partidos da esquerda para alterar a lei laboral.

O líder da CGTP, Arménio Carlos, considerou esta quarta-feira que o PS "colocou-se nos braços da direita" ao chumbar as propostas dos partidos da esquerda para alterar a lei laboral e avisou que os protestos "vão agora ganhar maior dimensão".

O dirigente da central sindical esteve esta tarde a assistir nas galerias do parlamento ao debate sobre as propostas do PCP, Bloco de Esquerda (BE) e PEV para revogar a norma da caducidade das convenções colectivas e reintroduzir do princípio do tratamento mais favorável, que foram chumbadas pelo PS, PSD e CDS-PP.

"Foi um debate onde o PS se colocou nos braços da direita para manter a legislação laboral", afirmou Arménio Carlos em declarações à Lusa, acrescentado que a central sindical não desiste e vai "encetar agora uma maior dinamização da acção reivindicativa para exigir a revogação" das normas laborais.

"Todas as formas de luta são necessárias e, neste momento, as greves e todas as acções vão agora ganhar maior dimensão porque o PS está a frustrar as expectativas dos trabalhadores", sublinhou o secretário-geral da CGTP.

Antes do debate, a CGTP realizou uma manifestação de cerca de 500 dirigentes e delegados sindicais, que partiu da sede da central sindical, na baixa lisboeta, rumo à Assembleia da República, onde estiveram a assistir ao debate, para apelar aos socialistas que aprovassem as propostas da esquerda.

Entre onze propostas apresentadas sobre legislação laboral, apenas uma do BE sobre o fim do banco de horas individual e adaptabilidade individual, medida prevista no programa do Governo, passou, sem votação, para a especialidade.

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