Coordenadora do BE sustentou a sua posição com o facto de o antigo ministro ter administrado a Finertec, "empresa dirigida por responsáveis da Fundação José Eduardo dos Santos".
A coordenadora bloquista, Catarina Martins, admitiu esta sexta-feira "o erro" de ligar Miguel Relvas a Isabel dos Santos, mas mantém a acusação já que o ex-ministro administrou a Finertec, "empresa dirigida por responsáveis da Fundação José Eduardo dos Santos".
"Miguel Relvas foi administrador da Finertec, empresa dirigida por responsáveis da Fundação José Eduardo dos Santos e com acionista escondido 'offshore'. Não me custa corrigir o erro. A acusação é a mesma", escreveu a líder do BE na rede social Twitter cerca de uma hora depois da notícia da agência Lusa.
Na mesma publicação, Catarina Martins partilha ainda a ligação para uma investigação da revista Visão sobre a Finertec, uma "ex-empresa de Relvas suspeita na Operação Furacão".
Em causa estão as declarações da líder bloquista, hoje à tarde, à margem de uma audição sobre pessoas com deficiência, em Lisboa, quando afirmou que existiu um tratamento especial à empresária angolana Isabel dos Santos e que "não é de um governo", mas sim de todos os governos portugueses, incluindo os de António Costa, que se "envolveu pessoalmente" na questão dos bancos.
Catarina Martins referiu então que, ao longo dos anos, assistiu-se a responsáveis governativos a alternarem "entre pastas do Governo e trabalhar nas empresas de Isabel dos Santos", como Mira Amaral ou Miguel Relvas, ou "à proximidade imensa de Durão Barroso, que enquanto primeiro-ministro, foi a festas de casamento da família de José Eduardo dos Santos".
"A deputada Catarina Martins mentiu ao associar-me às empresas da engenheira Isabel dos Santos. Nunca trabalhei, direta ou indiretamente, com a engenheira Isabel dos Santos", afirma o antigo dirigente do PSD numa declaração escrita enviada à Lusa.
Nessa mesma declaração, o antigo ministro de Passos Coelho pedia que a dirigente bloquista se retratasse.
"Deve, pois, a deputada Catarina Martins retratar-se publicamente e pedir desculpa pela mentira que hoje veiculou publicamente em relação a mim", referia Miguel Relvas.
Miguel Relvas foi ministro adjunto e dos Assuntos Parlamentares do XIX Governo liderado por Pedro Passos Coelho entre 2011 e 2013, tendo-se depois afastado da política ativa e dedicado à vida empresarial.
O Consórcio Internacional de Jornalismo de Investigação (ICIJ) revelou no domingo mais de 715 mil ficheiros, sob o nome de 'Luanda Leaks', que detalham esquemas financeiros de Isabel dos Santos e do marido, Sindika Dokolo, que terão permitido retirar dinheiro do erário público angolano, utilizando paraísos fiscais.
Isabel dos Santos disse estar a ser vítima de um ataque político e sustentou que as alegações feitas contra si são "completamente infundadas", prometendo recorrer à justiça.
Na quarta-feira, a Procuradoria-Geral da República angolana anunciou que Isabel dos Santos foi constituída arguida num processo em que é acusada de má gestão e desvio de fundos da companhia petrolífera estatal Sonangol e que visa também portugueses alegadamente facilitadores dos negócios da filha do ex-Presidente José Eduardo dos Santos.
Catarina Martins corrige erro de ligar Relvas a Isabel dos Santos, mas mantém acusação
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Resta saber se a Europa será capaz de unir forças para enfrentar a vacância americana e a ameaça russa. Ou se, pelo contrário, repetirá o erro fatal de 1914, multiplicando também as suas próprias “esferas de influência”.
As 50 conversas de António Costa intercetadas revelam pedidos de cunhas e desabafos. Na Ucrânia, há um português na linha da frente, a fugir de drones e a esconder-se vários dias em trincheiras. Por cá, um casal luta contra a doença do filho, tão rara que ainda não tem nome
Há um ataque em curso que vai contra os cérebros humanos e esse ataque parece ter vários pontos de partida. Isto a propósito do que Macron afirmou por estes dias: “Estamos numa guerra cognitiva com a China”, expressão importante e que, assim formulada, exige reflexão.