"É preciso perguntar quem fala a verdade. Se o primeiro-ministro que disse no parlamento que não havia acordo, ou o ministro dos Assuntos Parlamentares que disse que havia acordo", referiu.
O secretário-geral do PS considerou hoje que "só mesmo o primeiro-ministro pode dizer que está a dizer a verdade sobre eventuais acordos entre o Governo e o Chega que agora tenta "a todo o custo" negar.
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"Há muito tempo que não tínhamos um ministro a desmentir o primeiro-ministro. Na entrevista do ministro dos Assuntos Parlamentares, o doutor Carlos Abreu Amorim, por quem tenho muita estima, disse a verdade. Disse que, de facto, havia um acordo com o Chega, que agora, a todo custo, estão a tentar negar", disse, em Baião, no distrito do Porto, José Luís Carneiro.
Confrontado com as declarações de Carlos Abreu Amorim à Rádio Observador, o líder socialista disse que "só mesmo o primeiro-ministro pode responder à questão sobre por que é que há um ministro que desmente o primeiro-ministro".
"É preciso perguntar ao primeiro-ministro quem fala a verdade. Se é o primeiro-ministro que disse no parlamento que não havia acordo, ou se é o ministro dos Assuntos Parlamentares que hoje disse que havia acordo", referiu.
Em entrevista ao Observador, Carlos Abreu Amorim admitiu que houve um acordo de princípio entre o Governo e o Chega na imigração e no IRS e que também estão a conversar sobre o regime jurídico do Ensino Superior, isto depois de Luís Montenegro ter dito que não sabia do que se tratava o "acordo de princípio" revelado por André Ventura.
Sobre este tema, José Luís Carneiro não quis alongar-se nos comentários, preferindo garantir que "o PS, a cada crítica apresentará propostas alternativas para mostrar que está preparado para servir o país em todas as áreas do desenvolvimento".
À margem da apresentação da candidatura de Paulo Pereira à Câmara Municipal de Baião, o secretário-geral do PS rejeitou responder à pergunta sobre se sente que o PS está a ficar para trás do Chega no plano das negociações com o Governo.
"Não queria comparar aquilo que é incomparável. Nós estamos muito para a frente, porque estamos aqui desde antes do 25 de Abril (...). Nós dissemos ao primeiro-ministro que queríamos ser uma oposição firme, responsável e alternativa. E é isso que nós procuraremos ser. A cada crítica apresentar soluções alternativas", concluiu.
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