O contrário dessa diversidade "é mesmo o autoritarismo, é o maniqueísmo que outros procuram trazer para a vida política", disse o socialista.
O secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, afirmou hoje em Coimbra que as críticas internas não são sinais de fraqueza, mas da riqueza de um partido que sabe acolher a diversidade.
ANTÓNIO PEDRO SANTOS/LUSA
"Quando olharem para esses aparentes e criticados sinais de fraqueza, porque aparecem várias vozes do PS - uns dizem uma coisa, outros dizem outra -, isso é sinal da nossa riqueza e da nossa diversidade", afirmou o líder socialista, que falava numa sessão de apresentação dos candidatos às juntas de freguesia da coligação Avançar Coimbra, encabeçada pela ex-ministra Ana Abrunhosa, e que junta PS, Livre, PAN e o movimento Cidadãos por Coimbra (cujos membros estarão representados nas listas por indicação de forças da coligação por impossibilidade legal de a integrar).
Pegando no exemplo da candidatura encabeçada por Ana Abrunhosa à Câmara de Coimbra, o secretário-geral do PS afirmou que o partido que lidera é "como uma grande casa comum de encontro".
"A grande riqueza do Partido Socialista é essa diversidade, que é interior, que é interna, mas que é esta diversidade de acolher, de se abrir às expressões cívicas e às expressões políticas que estão expressas noutros movimentos e identidades", salientou.
O contrário dessa diversidade "é mesmo o autoritarismo, é o maniqueísmo que outros procuram trazer para a vida política", disse, alertando para visões de "partidos autoritários e monolíticos".
Para José Luís Carneiro, Ana Abrunhosa é a expressão dessa forma de entender e compreender o mundo.
A cabeça de lista da coligação às eleições autárquicas de 12 de outubro reiterou que Coimbra "não pode continuar a viver na sombra do que já foi".
"Não me resigno, não me queixo, arregaço as mangas e trabalho", disse.
Falando de uma coligação "de vontades e de visões", Ana Abrunhosa defendeu uma "Coimbra global, capaz de competir com as melhores cidades da Europa".
Escolas que sejam também centros culturais, a desburocratização da Câmara de Coimbra, um sistema de transportes "eficaz" e "tendencialmente gratuito", habitação acessível, uma cidade com mais jardins e espaços verdes e orçamentos participativos locais foram algumas das ideias que lançou durante o seu discurso.
Na sua intervenção, Ana Abrunhosa deixou ainda uma palavra de agradecimento ao anterior presidente da Câmara de Coimbra, Manuel Machado, presente na sessão, que falhou a sua reeleição pelo PS para um terceiro mandato consecutivo nas últimas autárquicas para a coligação Juntos Somos Coimbra (PSD/CDS-PP/NC/PPM/A/RIR/V/MPT), liderada por José Manuel Silva.
"Reconhecemos o passado, com tudo o que ele representa", afirmou.
Na sessão, também falaram a porta-voz do PAN, Inês Sousa Real, a cabeça de lista do Livre por Coimbra nas últimas legislativas, Clara Cruz Santos, e o coordenador do movimento Cidadãos por Coimbra, João Gouveia Monteiro, que entendeu a coligação como "uma larga esplanada", num caminho "arriscado" e que "não é para qualquer um".
Carneiro diz que críticas internas não são fraqueza mas riqueza do PS
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Num mundo incerto e em permanente mudança, onde a globalização e a tecnologia redefinem o modo de conceber e fazer justiça, as associações e sindicatos de magistrados são mais do que estruturas representativas. São essenciais à vitalidade da democracia.
Só espero que, tal como aconteceu em 2019, os portugueses e as portuguesas punam severamente aqueles e aquelas que, cinicamente e com um total desrespeito pela dor e o sofrimento dos sobreviventes e dos familiares dos falecidos, assumem essas atitudes indignas e repulsivas.