O relatório é da responsabilidade da rede global "Stay Grounded", que junta mais de centena e meia de organizações.
A campanha ATERRA, movimento pela redução do tráfego aéreo, está a entregar aos deputados o relatório "Decrescimento da Aviação -- Reduzir as Viagens de forma justa", segundo o qual a aviação causa entre 5% e 8% do aquecimento global.
Num comunicado hoje divulgado a ATERRA, que faz parte da rede internacional "Stay Grounded", diz que está a ter audiências com os grupos parlamentares e com os deputados únicos e não inscritos para lhes apresentar o relatório, um documento no qual se diz que a aviação polui três vezes mais do que a alega a indústria.
O relatório é da responsabilidade da rede global "Stay Grounded", que junta mais de centena e meia de organizações, e nele avaliam-se "os reais impactos sociais e ambientais da aviação", além de se proporem "passos concretos para reduzir o número de voos e construir um sistema de mobilidade justo e sustentável", diz-se no comunicado.
Quando houve uma redução substancial do número de voos em todo o mundo devido à pandemia de covid-19, o relatório diz que a aviação não pode voltar ao normal se o objetivo for manter o aquecimento global abaixo dos 1,5º Celsius.
"A ATERRA revelou aos deputados que os danos da aviação são muito mais graves do que a indústria e os governos admitem", diz o movimento no comunicado, explicando que o aquecimento climático total causado pela aviação é três vezes superior ao efeito do dióxido de carbono (CO2) por si só, devido à formação de rastos de condensação, nuvens cirros que fixam poluentes e de ozono em grande altitude.
De acordo com o documento, em 2018 a aviação foi responsável por 5,9% de todo o aquecimento climático induzido pelo homem quando se incluem os impactos não relacionados com o CO2.
E sendo que, diz, 90% da população mundial nunca andou de avião, é essa população, mais vulnerável, quem mais sofre com os impactos da aviação.
A ATERRA, de acordo com propostas incluídas no relatório, propõe a eliminação das isenções fiscais da aviação, uma tarifa progressiva para os passageiros frequentes, a supressão de voos de curta distância (substituindo-os por viagens de comboio), a proibição de construção ou ampliação de novos aeroportos, e, entre outras medidas, a redução do número de deslocações promovendo as teleconferências.
E salienta que para evitar uma crise climática "não há alternativa senão reduzir globalmente as viagens aéreas", devendo aproveitar-se o atual abrandamento no setor devido à covid-19 "para que cada vez mais aviões fiquem em terra".
Campanha apresenta aos deputados relatório sobre custos ambientais da aviação
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Seria bom que Maria Corina – à frente de uma coligação heteróclita que tenta derrubar o regime instaurado por Nicolás Maduro, em 1999, e herdado por Nicolás Maduro em 2013 – tivesse melhor sorte do que outras premiadas com o Nobel da Paz.
É excelente poder dizer que a UE já aprovou 18 pacotes de sanções e vai a caminho do 19º. Mas não teria sido melhor aprovar, por exemplo, só cinco pacotes muito mais robustos, mais pesados e mais rapidamente do que andar a sancionar às pinguinhas?
“S” sentiu que aquele era o instante de glória que esperava. Subiu a uma carruagem, ergueu os braços em triunfo e, no segundo seguinte, o choque elétrico atravessou-lhe o corpo. Os camaradas de protesto, os mesmos que minutos antes gritavam palavras de ordem sobre solidariedade e justiça, recuaram. Uns fugiram, outros filmaram.