Autarquia diz que o mesmo era "publicidade ilegal". Organização fala em "censura".
Durante a madrugada a organizaçãoThis Is Our Memorialcolocou três cartazes – um em Lisboa, outro em Loures e o terceiro em Oeiras - em memória das vítimas dos abusos sexuais no seio da Igreja Católica. No início desta tarde, a Câmara Municipal liderada por Isaltino Morais mandou vários agentes da Polícia Municipal retirarem o cartaz afixado em Algés.
Redes Sociais / Twitter
A vários órgãos de comunicação social a autarquia justificou o ato dizendo que "no Município de Oeiras toda a publicidade ilegal é retirada". Porém, a organização defende que os cartazes "têm uma mensagem política" pelo que "não carecem de autorização e licenciamento".
Em entrevista aoObservador, uma das líderes do movimento recorda ainda que, caso a autarquia verificasse alguma irregularidade, teria de informar "o dono da estrutura, para ele remover o cartaz no prazo de cinco dias". "Não pode ser a Câmara de Oeiras a ir lá e removê-lo", asseguram.
Censura em Algés, após quase 50 anos do 25 de abril.
Luto pela liberdade de expressão das +4800 vítimas, por um memorial que erguemos para que ninguém se esqueça delas. Não esquecemos.#JMJ#WYDpic.twitter.com/hfO6ATA9Wt
AoPolígrafo, o constitucionalista Jorge Reis Novais considerou que, tendo em conta as informações disponibilizadas, tudo indica que se trata de "um ato de censura às ideias transmitidas com a desculpa de não cumprimento de ordens regulamentares".
ASÁBADOcontactou a Câmara Municipal de Oeiras com o intuito de perceber o que leva a crer que o cartaz em causa é "publicidade ilegal" mas até à publicação deste artigo não recebemos qualquer resposta.
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