A presumível viciação de contratos públicos, que levou à detenção do presidente do Turismo Porto e Norte de Portugal, Melchior Moreira, terá lesado o Estado em mais de cinco milhões de euros.
A presumível viciação de contratos públicos, que levou esta quinta-feira à detenção do presidente do Turismo Porto e Norte de Portugal, Melchior Moreira, terá lesado o Estado em mais de cinco milhões de euros, disse à Lusa fonte policial.
De acordo com a mesma fonte, os ajustes directos eram concedidos por valores muito acima do mercado e, por vezes, sem que o serviço fora prestado.
Em causa estarão ajustes directos realizados nos últimos dois, três anos, que somados ultrapassam os cinco milhões de euros.
A lista dos detidos inclui três "figuras de topo" do Turismo Porto e Norte de Portugal, ligadas à chefia do Departamento Operacional e à Direcção do Núcleo Financeiro e Jurídico, entre eles o presidente do Turismo Porto e Norte de Portugal, Melchior Moreira.
Entre os detidos estão ainda um empresário da zona da Maia e outro da região de Viseu.
Os cinco detidos no âmbito da designada operação "Éter" que começou há dois anos, serão presentes esta sexta-feira a primeiro interrogatório judicial no Tribunal de Instrução Criminal, no Porto.
À Lusa, fonte policial, disse ainda que em causa estão crimes de corrupção, prevaricação, falsificação de documentos, tráfico de influências, recebimento indevido de vantagem e participação económica em negócio em procedimentos de contratação pública no Norte do país.
A Polícia Judiciária (PJ) deteve hoje cinco pessoas e realizou buscas em entidades públicas e sedes de empresas no âmbito de uma investigação relativa à presumível viciação de procedimentos de contratação pública no valor de vários milhões de euros.
"A investigação, centrada na actividade de uma pessoa colectiva pública, determinou a existência de um esquema generalizado, mediante a actuação concertada de quadros dirigentes, de viciação fraudulenta de procedimentos concursais e de ajuste directo com o desiderato de favorecer primacialmente grupos de empresas, contratação de recursos humanos e utilização de meios públicos com vista à satisfação de interesses de natureza particular, assinala a PJ, através da sua Directoria do Norte.
Na operação policial hoje tornada pública realizaram-se 11 buscas, domiciliárias e não domiciliárias, nas regiões de Porto, Gaia, Matosinhos, Lamego, Viseu e Viana do Castelo e estiveram envolvidos 50 elementos da Polícia Judiciária, incluindo inspectores, peritos informáticos e peritos financeiros e contabilísticos.
A investigação, refere a polícia, prossegue no sentido de determinar todas as condutas criminosas e o seu alcance.
Os detidos, com idades compreendidas entre os 42 e os 54 anos, sendo três dirigentes de entidade pública e dois empresários, vão ser presentes a interrogatório judicial para aplicação das medidas de coação tidas por adequadas.
Contactada pela Lusa, a Secretaria de Estado do Turismo remeteu eventuais comentários para mais tarde.
A Lusa tentou ouvir a Turismo Porto e Norte de Portugal, mas tal não foi possível até ao momento.
Burla de contratos no Turismo do Norte lesa Estado em 5 milhões
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