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BE apela a que negociações sobre carreiras dos professores sejam retomadas "quanto antes" 

13 de fevereiro de 2019 às 15:06
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"Isto é muito complicado. Um Governo que não está a cumprir a lei da Assembleia da República e a criar uma situação de instabilidade nas escolas", criticou Catarina Martins.

A coordenadora bloquista,Catarina Martins, acusou esta quarta-feira oGovernode não estar a cumprir a lei do Orçamento do Estado relativamente ao descongelamento das carreiras dos professores, apelando a que as negociações com os sindicatos "sejam retomadas quanto antes".

"Estivemos reunidos com os representantes dos sindicatos dos professores. Estamos muito preocupados porque o Governo não está a negociar com os sindicatos as condições do descongelamento da carreira dos professores", disse Catarina Martins, no final de uma reunião de mais de uma hora no parlamento, em Lisboa, com estes sindicatos.

Segundo a coordenadora do BE, "o parlamento já fez tudo, o Governo é que não está a cumprir a lei".

Catarina Martins defendeu, assim, que as negociações com os sindicatos "sejam retomadas quanto antes e que se proceda à contagem do tempo de serviço".

"A primeira opção do Bloco de Esquerda é fazer este apelo para que a lei seja cumprida, para que haja negociação e que para, de uma forma faseada, ponderada, que respeite toda a gente, se consiga encontrar para os professores do Continente o que já se encontrou para os professores dos Açores e da Madeira", sintetizou.

Esta situação "é particularmente grave porque", lembrou a líder bloquista, "foi aprovada uma lei da Assembleia da República", o Orçamento do Estado que "prevê expressamente a negociação entre o Governo e os sindicatos da forma de descongelamento das carreiras".

"O senhor Presidente da República já apelou para que essa negociação exista, os sindicatos dão-nos conta da sua disponibilidade para a negociação, não exigem retroativos dos anos que foram congelados, não exigem que o descongelamento seja feito num só ano, estão, portanto, absolutamente disponíveis a formas faseadas do cumprimento da lei da Assembleia da República", acrescentou, recordando que, tanto nos Açores como na Madeira, "já está negociado e em vigor o processo de descongelamento das carreiras".

"O que quer dizer que nós temos neste país, neste momento, uma situação de enorme desigualdade entre professores dos Açores,professoresda Madeira e professores do Continente, que é absolutamente inexplicável e é intolerável, não pode continuar", criticou.

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