Os ministros da Defesa de Portugal, Espanha, França e Itália reúnem-se esta segunda-feira no Palácio da Bolsa, no Porto, para debater o futuro da NATO e das relações transatlânticas
Ao mesmo tempo que o novo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, manifestou a intenção de desinvestir nas organizações internacionais, os ministros da Defesa de Portugal, Espanha, França e Itália reúnem-se esta segunda-feira no Palácio da Bolsa, no Porto, para debater o futuro da NATO e das relações transatlânticas. Qual a posição portuguesa? O ministro da Defesa português, Azeredo Lopes, já deixou claro: "Portugal defende muito claramente a organização e considera que seria um desastre se porventura o seu papel fosse diminuído".
Um desastre "porque desde há décadas a organização tem conseguido garantir a defesa dos países europeus e dos que são membros da organização como os EUA e o Canadá", frisou o ministro português. O encontro antecede a reunião dos ministros de Defesa dos 28 países da NATO, dias 15 e 16, em Bruxelas, na qual, sublinhou, estará presente pela primeira vez o novo secretário da Defesa norte-americano, o general reformado James Mattis.
Azeredo Lopes admitiu "uma certa expectativa" sobre a posição da nova administração norte-americana em relação ao futuro da NATO, considerando que os EUA representam 75 por cento das capacidades da Aliança Atlântica. "Havendo coisas que, no nosso entender, poderão ser aperfeiçoadas, é preferível que assim seja do que estar a desqualificar a organização, isso iria enfraquecê-la", disse Azeredo Lopes.
De acordo com uma nota do Ministério da Defesa português, os ministros dos países do "Quarteto do Sul" vão reunir-se no Palácio da Bolsa, no Porto, "com o objectivo de concertar posições sobre quatro temas-chave para a segurança e defesa do ‘flanco sul'". "O estado da Aliança Atlântica e perspectivas futuras, o modelo de actuação da NATO para o Sul, as relações transatlânticas e a implementação da Estratégia Global da União Europeia em matéria de segurança e defesa", são os temas-chave em discussão.
O encontro ocorre numa altura em que o novo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, manifestou a intenção de desinvestir nas organizações internacionais de que os norte-americanos fazem parte, como a NATO ou as Nações Unidas. Azeredo Lopes, será o anfitrião do encontro no qual participam os seus homólogos espanhol, Maria Cospedal, francês, Jean-Yves le Drian, e italiana, Roberta Pinotti.
Este será, segundo o executivo português, o terceiro encontro ministerial de Defesa, após a reunião do quarteto em Toulon, a 12 de maio de 2016, que resultou numa carta conjunta enviada ao secretário-geral da NATO e aos restantes membros da aliança em preparação da Cimeira de Varsóvia.
A reunião do Porto acontece uma semana depois da Cimeira dos Países do Sul da Europa, na qual o primeiro-ministro português recebeu seis chefes de Estado e de Governo, com o objectivo de promover uma concertação sólida de posições a Sul, nos planos político-institucional, socioeconómico e de segurança e defesa. Na declaração conjunta, os sete países sublinharam o seu apoio à Estratégia Global da União Europeia, para que a Europa consiga ser uma força de paz credível na região, que garanta segurança e bem-estar aos seus cidadãos.
Azeredo Lopes: "Portugal defende muito claramente a NATO"
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