Sábado – Pense por si

Azeredo Lopes, o ministro a quem nenhum mandato correu bem

Maria Henrique Espada , Sara Capelo 12 de outubro de 2018 às 18:31

Professor de Direito, na Defesa e na ERC, Azeredo Lopes dirigiu pastas de que não tinha conhecimento prévio. Resistiu às mortes nos comandos e ao primeiro embate com Tancos, mas não ao memorando.

É portuense, adepto do Boavista, e a chegada à política era uma enorme improbabilidade. Antes de se tornar conhecido, pela sua presença na ERC, Azeredo Lopes era professor de Direito na Universidade Católica do Porto, sem militância activa ou ligações partidárias. Em 2002, Nuno Morais Sarmento inclui-o no grupo de trabalho que iria estudar a o Serviço Público de Televisão e, por essa via, Azeredo passa a ter intervenção numa área, osmedia, que até aí lhe era estranha em termos de currículo e percurso. Mas deu-se bem. Tanto, que, acabaria depois, já com um governo socialista, por ser nomeado para a Entidade Reguladora da Comunicação (ERC). Não era o perfil óbvio para ser nomeador para a ERC pelo primeiro-ministro José Sócrates: católico, apontado como mais à direita, embora tivesse apoiado Mário Soares nas presidenciais, o nome terá sido acordado com o PSD, na altura liderado por Marques Mendes. 

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