Sábado – Pense por si

Autarca: Fogo em Monchique está "mais tranquilo"

São duas as zonas que dão "alguma preocupação". A zona das Caldas/Nave, no concelho de Monchique, e a zona da barragem, no concelho de Silves.

O incêndio que deflagrou na sexta-feira no concelho de Monchique, no Algarve, está hoje à tarde "mais tranquilo", sem chamas em actividade, mantendo-se duas zonas que dão ainda "alguma preocupação", disse à Lusa o presidente da Câmara.

"Obviamente que está mais tranquilo. Já não temos as chamas em actividade e isso dá-nos, de alguma maneira, alguma tranquilidade", afirmou à agência Lusa Rui André, cerca das 16:40.

O autarca ressalvou que ainda não é altura "de baixar os braços", tendo em conta os "cenários" vividos nos últimos dias, com diversos reacendimentos, mas também porque a tarde é um período do dia em que se "levanta sempre vento".

Segundo Rui André, são duas as zonas que, hoje à tarde, dão "alguma preocupação". A zona das Caldas/Nave, no concelho de Monchique, e a zona da barragem, no concelho de Silves.

"Estão a ser monitorizadas pelos operacionais no terreno e não deverá haver nenhum problema de maior", acrescentou, sublinhando que o terreno "está muito quente", pelo que alguns pontos merecem "alguma atenção" já que há a possibilidade de reacendimentos.

O incêndio rural, que está a ser combatido por mais de mil operacionais, deflagrou na sexta-feira à tarde em Monchique, no distrito de Faro, e lavra também no concelho vizinho de Silves, depois de ter afectado, com menor impacto, os municípios de Portimão (no mesmo distrito) e de Odemira (distrito de Beja).

Segundo um balanço feito hoje de manhã, há 36 feridos, um dos quais em estado grave (uma idosa internada em Lisboa), e 299 pessoas estão deslocadas e distribuídas por centros de apoio, depois da evacuação de várias localidades.

Outras nove pessoas acamadas estão dispersas por unidades de saúde.

De acordo com o Sistema Europeu de Informação de Incêndios Florestais, as chamas já consumiram 23.478 hectares. Em 2003, um grande incêndio destruiu cerca de 41 mil hectares nos concelhos de Monchique, Portimão, Aljezur e Lagos.

Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
No país emerso

Por que sou mandatária de Jorge Pinto

Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente.