Sábado – Pense por si

As táticas do Governo à mesa das negociações com os sindicatos

Alexandre R. Malhado e Rita Rato Nunes 24 de julho de 2024 às 23:00

Reduzem expectativas com propostas baixas, omitem informações sobre pontos de trabalho, fazem gestão emocional e dividem para reinar. Os sindicatos queixam-se das estratégias do Governo – e culpam o primeiro-ministro e as Finanças por bloquearem acordos.

Já tinham passado quase três horas. Sentada nos cadeirões da sala de espera do Ministério da Saúde (MS), a presidente do Sindicato Independente de Todos os Enfermeiros Unidos (SITEU), Gorete Pimentel, esperava para ser chamada pela comitiva do Governo para negociar propostas de valorização salarial. Naquela quarta-feira quente do dia 3 de julho, enquanto os representantes dos enfermeiros aguardavam que terminasse a reunião com os sindicatos dos médicos, não havia muito mais a fazer além de esperar e olhar para o telemóvel. O café, a única coisa oferecida à chegada pelos serviços do Ministério, já tinha acabado há horas. Restava aguardar pelo que seria a segunda reunião entre enfermeiros e a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, que já a tinha adiado duas vezes por ainda não ter as contas feitas para apresentar uma proposta.

Para continuar a ler
Já tem conta? Faça login

Assinatura Digital SÁBADO GRÁTIS
durante 2 anos, para jovens dos 15 aos 18 anos.

Saber Mais

Férias no Alentejo

Trazemos-lhe um guia para aproveitar o melhor do Alentejo litoral. E ainda: um negócio fraudulento com vistos gold que envolveu 10 milhões de euros e uma entrevista ao filósofo José Gil.