No lançamento do seu livro, o antigo presidente do PS negou estar de regresso à vida política. Mário Soares e Ferro Rodrigues estiveram presentes numa cerimónia que contou com representantes de todos os partidos
O ex-secretário-geral socialista António José Seguro rejeitou estar a voltar à vida política ou partidária, no lançamento do seu livro sobre a reforma regimental do Parlamento esta quinta-feira, apesar de admitir que está no "espaço público".
Na Universidade Autónoma de Lisboa, o antigo líder do PS protagonizou a cerimónia, muito participada por diversos quadrantes políticos e institucionais, centrada na sua tese académica relativa às formas de controlo e escrutínio parlamentar dos governos, um ano e meio após perder as primárias para o actual primeiro-ministro, António Costa.
"Isto não é nenhum regresso à vida partidária, isso posso dizer com total clareza. Aliás, há muito mais vida do que a partidária e para além da vida partidária", esclareceu, rejeitando todas as "perguntas marotas" dos jornalistas, incluindo a apreciação sobre o desempenho do executivo socialista ou do novo Presidente da República.
Seguro assumiu-se como "um homem livre, sem dependências", que faz "em cada momento" o que lhe "apetece", sendo o actual um período em que está a fazer as coisas de que gosta: aulas, investigação e actividade empresarial numa "micro-empresa".
"Não se pode falar em regresso à vida política. Fala-se, se quiser, quanto muito, no regresso ao espaço público através do contributo que o meu livro dá para a reflexão sobre o funcionamento dos parlamentos, um aspecto específico que é o controlo dos poderes democráticos", disse.
O eurodeputado do PS Francisco Assis, que se opôs aos acordos socialistas à esquerda que viabilizaram o executivo de Costa, e foi também candidato à liderança do partido "rosa" contra António José Seguro também desvalorizou o momento no que toca às movimentações internas e elogiou a postura do chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa.
"Acho que se colocou acima dos conflitos partidários, acho que fez bem, fez um bom discurso. Eu apreciei o discurso do Presidente da República e acho que pode dar um bom contributo para a estabilidade da vida nacional", afirmou.
O presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, e os ministros da Cultura e da Economia, João Soares e Manuel Caldeira Cabral, assim como o antigo Presidente da República Ramalho Eanes ou o ex-ministro e presidente do Tribunal de Contas e atual administrador da Fundação Gulbenkian Guilherme d'Oliveira Martins estiveram presentes na sessão.
Jorge Coelho, Alberto Martins, José Magalhães, Álvaro Beleza, Carlos Silva (UGT), João Proença, Manuel Maria Carrilho, Ana Gomes, António Galamba, Eurico Brilhante Dias e Henrique Neto foram várias das "caras" socialistas que também acompanharam o evento, que contou com outras "cores".
Santana Lopes, ex-primeiro-ministro e actual provedor da Santa Casa da Misericórdia, os ex-ministros Marques Guedes e Aguiar-Branco, e os parlamentares Duarte Pacheco e Matos Correia, entre outros, representaram o PSD.
Do CDS deslocaram-se ao encontro o líder parlamentar Nuno Magalhães e os também ex-ministros Bagão Félix e Pedro Mota Soares, além do antigo deputado Diogo Feio. O comunista António Filipe e o bloquista Luís Fazenda também marcaram presença.
António José Seguro de regresso ao "espaço público"
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Chamar a este projeto de “corredor da paz” enquanto se inscreve o nome de Trump é uma jogada de comunicação que consolida a sua imagem como mediador global da paz.
Cuidarmos de nós não é um luxo ou um capricho. Nem é um assunto que serve apenas para uma próxima publicação numa rede social. É um compromisso com a própria saúde, com a qualidade das nossas relações e com o nosso papel na comunidade.
Imaginemos que Zelensky, entre a espada e a parede, aceitava ceder os territórios a troco de uma ilusão de segurança. Alguém acredita que a Rússia, depois de recompor o seu exército, ficaria saciada com a parcela da Ucrânia que lhe foi servida de bandeja?