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Um antigo para-quedista considerou o Presidente da República "uma pessoa cinco estrelas, com uma maneira de estar à-vontade que é um espectáculo"
Antigos para-quedistas, ex-combatentes, jovens interessados no Exército, crianças "fascinadas por tropas", apreciadores de militares aprumados e fãs de um Presidente da República "todo para a frente" assistem hoje no Porto à cerimónia militar comemorativa do Dia de Portugal.
Desde bem cedo que as atenções de militares, individualidades e de centenas de populares se centram junto ao mar, no Largo do Molhe e nas Avenidas Montevideu e Brasil, onde pouco depois das 8h já estava António Silva, a mulher e a filha, de 20 anos, todos admiradores de paradas militares.
António Silva, antigo para-quedista, veio "rever as fardas e a marcha" bem como o Presidente da República, "uma pessoa cinco estrelas, com uma maneira de estar à-vontade que é um espectáculo".
Odete Santos, de 84 anos, ficou bem mais próxima dos palcos virados para o mar e para os militares, onde vão estar instalados os convidados, porque reside naquela zona da Foz e por isso "tinham" de a "deixar passar" para "ver o Presidente, que é todo para a frente" e apreciar os militares "todos limpinhos e aprumados" -- factos que a portuense fez questão de "verificar".
A família de Alberto Lopes, de 46 anos, deslocou-se de Gaia até à Foz do Porto apenas para "apanhar sol" mas, confrontado com o aparato das comemorações, decidiu ficar para ver, assim a agitação dos três filhos o permitisse, porque "o João, de seis anos", o do meio, "é fascinado por tropas".
No Porto, que há 11 anos já tinha sido palco destas celebrações oficiais, os populares estão bastante longe dos palanques das cerimónias do 10 de Junho, praticamente sem visibilidade para o local onde vão discursar o presidente da Comissão Organizadora do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, o professor e investigador Manuel Sobrinho Simões, e Marcelo Rebelo de Sousa.
Em frente aos palcos estão os militares em parada, que, pelas 11h, devem iniciar um cortejo pelas avenidas Montevideu e Brasil.
Joaquim Chito Rodrigues, presidente da Liga de Combatentes, é um dos que vão participar no desfile de antigos combatentes, juntamente com cerca de outros 100 militares que participaram na guerra do Ultramar.
"Aqui seremos 100, mas ao todo somos ainda milhares e, enquanto cá andarmos, é necessário que nos sintamos reconhecidos pelos serviços prestados ao país. Marcharemos atrás do bloco de estandartes, ou seja, das bandeiras que servimos", descreveu.
A estudante de Geografia Cátia Rocha, de 23 anos, já estava, pelas 08:30, a postos para assistir ao desfile, na Avenida Brasil, por gosto mas também porque, com o curso que frequenta, pode "entrar na área militar".
O pai, Jorge Rocha, de 50 anos, foi o impulsionador da visita: esteve na tropa e quis ver "se os outros fazem bem feito" o que ele fez "há 30 anos, quando o serviço militar era obrigatório".
A amiga Márcia Costa, de 17 anos, deslocou-se também de Ermesinde, perto do Porto, para apreciar as comemorações e já decidiu "seguir a carreira militar", faltando optar entre o Exército ou a Força Aérea.
Francisco Ferreira, de 65 anos, deslocou-se até à Foz "arrastado" pela mulher, que aprecia assistir às cerimónias.
Ele, bancário reformado, esteve dois anos na guerra nas antigas colónias, em Moçambique, e fica "arrepiado só de falar na tropa", notando que veio de lá "meio apanhado".
Helena Batista, de 50 anos, deslocou-se "de propósito" de Lisboa para assistir às celebrações, que também já viu em "Bragança, Lamego, Guarda e Algarve", por gostar "de ver as Forças Armadas desfilar" e sentir "a sua disponibilidade para servir a pátria".
A bancária tem um marido militar e a filha no Instituto de Pupilos do Exército, mas teria vindo ao Porto de qualquer forma, porque gosta de assistir às comemorações.
Moisés Fernandes, de 42 anos, acordou a família pelas 6 horas, em Braga, para conseguir, no Porto, um bom lugar para ver o que ali fez em 1994, na altura "como militar".
A cerimónia militar comemorativa do 10 de Junho começou pelas 9h, com a recepção de várias individualidades e pelas 10h começaram as Honras Militares, nomeadamente a revista às forças em parada de Marcelo Rebelo de Sousa, comandante supremo das Forças Armadas.
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