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Antigo secretário de Estado fez tudo pela aprovação de fundação maçónica

José António Cerejo 22 de maio de 2024 às 23:00

Foi um esforço vão porque a Secretaria-geral da Presidência do Conselho de Ministros manteve a opinião de que a aprovação carecia de base legal. Pretensão da maçonaria acabou por ser rejeitada pelo Governo de Passos Coelho.

João Tiago Silveira, secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros no segundo Governo de José Sócrates, reteve durante nove meses, em 2010 e 2011, uma proposta da Secretaria-geral da Presidência do Conselho de Ministros para que fosse recusado o reconhecimento da Fundação Grande Oriente Lusitano. Mais do que isso, durante aquele período, o secretário de Estado interveio pessoalmente no processo de reconhecimento, reunindo-se mesmo com representantes do Grande Oriente Lusitano (GOL) – que então tinha o antigo deputado socialista António Reis como grão-mestre. E uma sua adjunta, à margem da Secretaria-geral, desenvolveu várias iniciativas para que os serviços alterassem a sua posição. No entanto, a proposta de não reconhecimento foi mantida até que, já com Marques Guedes (PSD) como secretário de Estado, a pretensão do GOL foi definitivamente rejeitada em dezembro de 2012.

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