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ANEPC chumba três estações de metro por falta de segurança contra incêndios

Gabriela Ângelo 26 de fevereiro de 2025 às 17:58
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Das três estações cujos planos de segurança contra incêndios foram chumbados, uma está em funcionamento no Porto e duas ainda se encontram em construção em Lisboa.

A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) chumbou os projetos de segurança contra incêndios de três estações de metro: uma em funcionamento no Porto, em Vila Nova de Gaia, a estação Manuel Leão; e as estações de Santos e Estrela ainda em construção em Lisboa. 

Miguel Baltazar

Segundo a informação noticiada pelo jornal Público esta quarta-feira, o primeiro projeto de segurança contra incêndio na estação de Manuel Leão foi reprovado em julho de 2023, quando esta ainda estava em construção. A Metro do Porto adiantou ao jornal que apresentou um pedido em dezembro desse ano, mas antes da ANEPC o decidir, a estação foi inaugurada a 28 de junho de 2024. Dois meses mais tarde, o segundo projeto acabou por ser também chumbado. A Metro do Porto diz não se ter conformado com esta decisão e ainda aguarda o desfecho de um recurso hierárquico que colocou, apontando ter recebido luz verde de uma auditora externa e do Instituto de Mobilidade e Transportes (IMT). 

Na estação de Gaia, as medidas de segurança em questão são relativas ao número máximo de pessoas que podem estar na estação, um detalhe importante para determinar as condições necessárias para uma eventual evacuação do local, assim como o número de saídas e a largura das escadas, que não respeitam as normas.

No que toca às estações que ainda se encontram em construção em Lisboa, a da Estrela é a que apresenta maiores preocupações a nível de segurança, uma vez que se encontra a 54 metros da superfície com os acessos compostos apenas por meios mecânicos, seis elevadores e duas escadas rolantes. Existem acessos por escadas mas apenas serão utilizados em caso de emergência e na estação de Santos, todos os acessos são compostos por escadas rolantes. Além disso, ambas as estações não cumprem a distância máxima de 15 metros, que deve ser admitida desde os extremos da plataforma até à primeira via de evacuação que leva as pessoas para a saída. Ambas as reprovações tiveram lugar em setembro de 2023. 

Confrontada pelo Público em relação às reprovações, a Metro de Lisboa deu conta de que "ainda não" apresentou novos pedidos à ANEPC, uma vez que "estão em elaboração adaptações aos respetivos projetos, como é normal nestes processos". 

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