Fonte da direcção da bancada socialista adiantou por sua vez à agência Lusa que o antigo ministro dos governos de António Guterres e de José Sócrates, que foi eleito em 2015 pelo círculo do Porto, será substituído por Hugo Carvalho e não pelo "histórico" José Magalhães, que pediu escusa por motivos de saúde.
Aos deputados, Martins disse: "Pertenço a uma geração que ao chegar à vida adulta tinha um destino traçado: ditadura, pobreza, uma guerra colonial que empurrou milhares de portugueses para fora da nossa pátria. O 25 de Abril foi um dia luminoso que iluminou o destino português". A sua intervenção foi concluída com uma frase de Péricles: "Não há felicidade sem liberdade, nem liberdade sem coragem".
Alberto Martins foi ministro da Reforma do Estado no segundo executivo liderado por António Guterres, entre 1999 e 2002, e novamente no segundo Governo chefiado por José Sócrates, entre 2009 e 2011, quando ocupou a pasta da Justiça.
Na Assembleia da República, foi líder parlamentar do PS por duas vezes, primeiro entre 2005 e 2009 no período de maioria absoluta socialista e depois entre 2013 e 2014 na direcção liderada por António José Seguro.
Alberto Martins esteve na origem de um dos momentos históricos de contestação estudantil ao regime do Estado Novo, a crise académica de 1969, quando em 17 de Abril desse ano, na qualidade de presidente da Associação Académica de Coimbra, ousou pedir a palavra perante o então chefe de Estado Américo Thomaz, durante uma cerimónia de inauguração do Departamento de Matemáticas.
Nas presidenciais de 1986, Alberto Martins apoiou na primeira volta a candidatura independente de Maria de Lurdes Pintassilgo, aderindo depois ao PS.