A defesa do ex-primeiro ministro contra-ataca: depois do anúncio à prorrogação das investigações, João Araújo e Pedro Delille anunciam em comunicado tomar medidas por "todos os meios legais"
A reacção da defesa de Sócrates não tardou à notícia do adiamento do prazo da investigação àOperação Marquês. Praticamente na hora, os advogados do ex-primeiro-ministro fizeram o contra-ataque num comunicado enviado às redacções. João Araújo e Pedro Delille anunciaram que vão impugnar, "por todos os meios legais", a decisão da procuradora-geral da República, Joana Marques Vidal.
Para os defensores, "a decisão da senhora procuradora-geral (…) é ilegal e ilegítima e representa a consagração e adopção (…) do que caracteriza este processo desde o seu início – a violência desenfreada sobre as pessoas; o desrespeito absoluto pelos direitos e garantias dos arguidos", refere o comunicado.
A resposta veio momentos depois de a Procuradoria Geral da República ter anunciado, também em comunicado, que iria prolongar o prazo de investigação do megaprocesso até final de Junho, a pedido dos procuradores. Contudo, Joana Marques Vidal pede que o diretor do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), Amadeu Guerra, preste "informação, até finais de Abril" sobre a "evolução entretanto ocorrida nos segmentos e fases de conclusão do inquérito e elaboração do despacho final" e "indicar o prazo que se mostra ainda necessário, se esse for o caso".
Mais um adiamento A procuradora-geral da República determinou ainda que o director do DCIAP pondere a adopção de medidas de gestão "que se mostrem adequadas a que o prazo a definir seja cumprido, designadamente a adoção de medidas tendentes a fortalecer a direção do inquérito, entre as quais a sua eventual avocação".
A 14 de setembro de 2016, Joana Marques Vidal tinha decidido conceder mais 180 dias, que terminavam hoje, aos titulares do inquérito, que envolve o ex-primeiro-ministro José Sócrates.
A Operação Marquês, que investiga crimes de corrupção, branqueamento de capitais, fraude fiscal, recebimento indevido de vantagem, falsificação e tráfico de influência, foi tornada pública pelo Ministério Público em Novembro de 2014 e conta agora com 28 arguidos, dos quais nove empresas.
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