O primeiro-ministro defendeu ser um fator "da maior gravidade" os sociais-democratas em Portugal terem dado "um passo que a direita democrática na Europa tem resistido a dar, que é fazer um acordo com um partido da direita xenófoba".
O presidente do Chega afirmou hoje esperar um pedido de desculpas do líder socialista e primeiro-ministro devido às acusações de xenofobia e racismo, antecipando que o seu partido e o PSD podem desalojar o PS do poder em breve.
"Queria lamentar os ataques a nível nacional que o PS tem vindo a fazer, sobretudo pela voz do seu secretário-geral, António Costa, ao partido Chega e à possibilidade de entendimento feito na Região Autónoma dos Açores", afirmou André Ventura, em conferência de imprensa, no parlamento.
Na segunda-feira, em entrevista à TVI, António Costa defendeu ser um fator "da maior gravidade" os sociais-democratas em Portugal terem dado "um passo que a direita democrática na Europa tem resistido a dar, que é fazer um acordo com um partido da direita xenófoba".
"O Chega entendeu-se com o PSD em algumas matérias. O PS pensava que os entendimentos eram exclusivo das suas prerrogativas de entendimento com o PCP e o BE e percebeu que, não só perdeu o poder nos Açores, por causa do Chega, como vai perder o poder na República por causa do Chega também", continuou o deputado único do Chega, lamentando "ataques vis" do líder socialista.
Segundo o também anunciado candidato presidencial, "as eleições [legislativas] podem ser para o ano, no ano a seguir ou no outro", mas "uma coisa é indubitável: o Chega vai ser a terceira ou quarta força política e António Costa vai perder o poder em Portugal e vai perdê-lo por causa do Chega, daí a irritação, perturbação e nervosismo".
A porta a um entendimento com o Chega foi aberta pelo presidente do PSD, Rui Rio, há algumas semanas, abrindo forte polémica à esquerda e à direita, com o CDS a demarcar-se de entendimentos com o partido de Ventura.
"No futuro, no continente - já tive oportunidade de dizer isto e deu origem a não sei quantos incêndios políticos -, se o Chega se moderar pode haver hipóteses naturalmente de diálogo", reiterou Rio esta semana.
Ventura declarou que "o Chega admite conversar com o PSD se o PSD se radicalizar nalgumas coias (combate à corrupção, ao desperdício do sistema político, à pedofilia e ao sistema fiscal absurdo em que uns pagam para quem não quer trabalhar nem fazer nada)".
José Manuel Bolieiro foi indigitado no sábado presidente do Governo Regional pelo representante da República para os Açores, Pedro Catarino.
O PS venceu as eleições legislativas regionais, no dia 25 de outubro, mas perdeu a maioria absoluta, que detinha há 20 anos, elegendo 25 deputados.
PSD, CDS-PP e PPM, que juntos representavam 26 deputados, anunciaram esta semana um acordo de governação, tendo alcançado acordos de incidência parlamentar com o Chega e o Iniciativa Liberal (IL).
Com o apoio dos dois deputados do Chega e do deputado único do IL, a coligação de direita soma 29 deputados na Assembleia Legislativa dos Açores, um número suficiente para atingir a maioria absoluta.
Açores: Ventura espera desculpas de Costa e prevê Governo de direita em breve no continente
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Ao ver os socialistas que apoiam a Flotilha "humanitária" para Gaza tive a estranha sensação de estar a ver a facção do PS que um dia montará um novo negócio, mais alinhado com a esquerda radical, deixando o PS “clássico” nas águas fétidas (para eles) do centrão.
A grande mudança de paradigma na política portuguesa, a favor de contas públicas equilibradas, não acabou com maus hábitos recentes, como vemos este ano.
As declarações do ministro das migrações, Thanos Plevris – “Se o seu pedido for rejeitado, tem duas opções: ir para a cadeia ou voltar para o seu país… Não é bem-vindo” – condensam o seu programa, em linha com o pensamento de Donald Trump e de André Ventura.
Mesmo quando não há nada de novo a dizer, o que se faz é “encher” com vacuidades, encenações e repetições os noticiários. Muita coisa que é de enorme importância fica pelo caminho, ou é apenas enunciada quase por obrigação, como é o caso de muito noticiário internacional numa altura em que o “estado do mundo” é particularmente perigoso