PAN: "É um resultado mau para a democracia"

Depois de uma longa noite em que os militantes ficaram a aguardar a contagem até aos últimos votos, Inês de Sousa Real subiu ao púlpito para comemorar a meio-gás a sua eleição como única deputada do PAN, num resultado que "é mau para o PAN, mas também é mau para a democracia".

No último discurso da noite eleitoral, a porta-voz do partido criticou a ascensão de "movimentos populistas antidemocráticos" e disse que "maiorias absolutas são más para o País", mas reiterou a promessa feita por outros membros do partido de continuar a defender as causas do PAN, "na certeza de que, daqui a 4 anos, voltaremos com mais força".

Face aos maus resultados do partido que, com 4 mandatos eleitos em 2019, vê-se reduzido a apenas um, Inês de Sousa Real não abandona uma liderança que, vincou, só tem sete meses, mas diz que promoverá uma "reflexão interna" no PAN para definir o rumo a seguir na próxima legislatura.

Renata Cambra: mediatismo não chegou

A candidata do MAS, que se destacou nos debates dos partidos sem assento parlamentar, teve 1.452 votos em Lisboa, pouco mais do que os 1.236 votos desse partido em 2019. Muito longe de qualquer possibilidade de eleição neste círculo eleitoral, onde foram necessários mais de 21 mil votos para obter um mandato.

IL: sala em delírio com entrada do quarto em Lisboa

Houve uma explosão de gritos de "li-be-ral, li-be-ral" com a exibição na informação de que foi eleito o quarto candidato por Lisboa, Bernardo Blanco.

PS chega aos 117 deputados e alcança a maioria absoluta

António Costa começou a campanha a pedir maioria absoluta. Retraiu-se na segunda semana de campanha, mas os eleitores acabaram a dar-lhe essa vitória.

Ainda assim fica a quatro deputados da maioria absoluta do PS de Sócrates, em 2005. Faltam apurar ainda quatro deputados dos círculos da Europa e Fora da Europa.

Chicão demite-se, mas fica no CDS

O líder do CDS assumiu a "noite triste" dos 47 anos do partido e apresentou a sua demissão. Pelo caminho acusou a oposição interna pelos maus resultados. "Nunca farei aos outros o que fizeram a mim". Apontou ainda a bipolarização para explicar a saída do partido da Assembleia da República. Garantiu que não vai deixar o partido "que tem ainda estrada para andar". Mas não assumiu uma recandidatura. "O futuro a Deus pertence e eu continuarei no CDS."

Um silêncio ensurdecedor na sede do PAN

Os ânimos já estiveram melhores na sede do PAN. Inês de Sousa Real parece estar à espera da eleição de um deputado do partido para falar à comunicação social, mas esse mandato parece cada vez mais distante, e a perspetiva de sair do Parlamento assombra o CCB. Cá dentro, no Salão Fernando Pessoa, os apoiantes do PAN continuam a aguardar o pronunciamento da liderança do partido.

Chicão demite-se da liderança do CDS

O CDS está fora do Parlamento. Francisco Rodrigues dos Santos anunciou a demissão. É a primeira vez que um partido fundador da democracia não elege deputados.

"Nunca farei aos outros o que me fizeram a mim", acusa Francisco Rodrigues dos Santos.

Costa promete falar com todos, menos o Chega

"Promoverei reuniões com todas as forças políticas exceto com aquela com quem disse que não fazia sentido", disse Costa, com os militantes a fazem coro com um "Não passarão, não passarão".

Marcelo Rebelo de Sousa foi o ausente mais presente no discurso de António Costa.

Costa chegou mesmo a brincar com a ideia de que Marcelo tinha de o chamar agora para as conversas sobre quem tem condições para formar governo, fazendo a sala lançar uma gargalhada.

E até deixou um recado, que parece indiciar não precisar de Marcelo para se refrear não euforia da maioria absoluta.

"O primeiro garante de que nunca pisarei o risco sou eu próprio"

Livre festeja 8.º aniversário

Quatro minutos antes da meia noite, Rui Tavares sobe ao palanque para anunciar que o partido está prestes a fazer oito anos de vida. O Livre nasceu no Porto; mas o verbo recorrente no discurso de Rui Tavares é "rejuvenescer". "Ainda há um mês nos davam por acabados e estamos na Assembleia da República." A sua promessa, a prazo, passa por recuperar votos pela "família política dos verdes europeus."

Costa promete “maioria de diálogo”

António Costa fala numa sala cheia de militantes. E começa por dar um sinal de "humildade".

Para Costa, este foi "um voto de confiança com uma enorme responsabilidade de promover os consensos necessários na Assembleia da República, em sede de Concertação social e na sociedade portuguesa".

Costa promete que está será "uma maioria de diálogo" para "reconciliar os portugueses com as maiorias absolutas".

"Uma maioria absoluta não é o poder absoluto, não é governar sozinho. É uma responsabilidade acrescida. É governar com e para todos os portugueses", disse.

Quanto ao Governo, será "enxuto", "uma verdadeiratask force".

Coroa de flores entregue no CDS

Na sede do CDS foi entregue uma coroa de flores com uma nota de pesar ao "excelso presidente" Francisco Rodrigues dos Santos ainda não desceu para assumir a pesada derrota.

IL assume-se como oposição "implacável" ao socialismo

Cotrim Figueiredo diz "o grupo parlamentar da IL" e repete, "que bem que soa, 'o grupo parlamentar da IL", e garante que fará uma oposição "firme, constante, implacável ao socialismo que nos desgoverna."

Repete oslogande campanha de que "o liberalismo funciona" e deixa a sala repetir várias vezes o resto: "E faz falta."

"A liderança da direita será o Chega", diz André Ventura

No seu discurso de vitória, André Ventura aponta agora à mira ao PSD e quer ser "a principal oposição à direita". "Se o PSD não fez o seu trabalho, seremos nós a oposição em Portugal. A partir de agora tudo será diferente no Parlamento", afirmou.

De champanhe na mão, Ventura colocou como nova meta para a próxima legislatura "a construção de uma grande alternativa à direita" e quer substituir o PSD, enfraquecido nestas eleições, na oposição: "A liderança dessa direita será o Chega".

Cotrim Figueiredo diz que só há dois vencedores

"Portugal é hoje mais liberal." O líder da IL deixa um elogio aos portugueses que "reduziram finalmente a taxa de abstenção" e agradece aos "mais de 270 mil liberais que votaram nestas eleições".

E só dois partidos podem cantar vitória: PS e IL. Cotrim já cumprimentou o líder do PS, mas para lhe dizer que pode contar com a oposição do IL.

O desalento no CDS

O desalento no CDS é total, enquanto veem a festa da Iniciativa Liberal na televisão. Tudo indica que não vão conseguir eleger nem o cabeça de lista por Lisboa, o presidente Francisco Rodrigues dos Santos.

Na IL, é a festa final

Os deputados eleitos e alguns dirigentes ocupam o palco ao som dePeople have the power. Ainda Ventura dicursa, mas os liberais não esperaram pelo final.

Livre anuncia vitória

Isabel Mendes Lopes, a número dois por Lisboa do Livre, anuncia à sala cheia que Rui Tavares foi eleito deputado para a Assembleia da República. "Livre, Livre, Livre", gritam os apoiantes, batendo o pé no soalho de madeira antiga.

André Ventura: "Somos a terceira força política!"

Três horas depois de chegar ao Marriott, André Ventura desceu do seu quarto e entrou na sala de conferências em grande apoteose. "Somos a terceira força política! Somos a terceira força!", berrava de dois dedos no ar, abraçando com os eleitos um a um. Vai começar o discurso da noite

Internacional Socialista e “Fascismo nunca mais” no PS

Uma sala compacta de gente, hinos de esquerda.

Uma só voz, os apoiantes de António Costa cantam a Internacional Socialista e a Grândola Vila Morena.

A JS grita "Fascismo Nunca Mais, 25 de Abril Sempre".

Rui Tavares à espera de ser eleito

Faltam dez minutos para Rui Tavares discursar sobre aquilo que a contagem dá quase como certo: ser eleito deputado pelo Livre, no distrito de Lisboa, enquanto único representante do partido. O ambiente é animado na sala, agora cheia. Preparam-se as bandeiras.

Rio abre a porta à demissão se o PS tiver maioria absoluta

"Se o PS tiver uma maioria absoluta, com um horizonte de quatro anos de governo, não sei como posso ser útil." Rio admite sair.

Rui Rio: "Não atingimos nem de longe nem de perto os objetivos"

Para o presidente do PSD, Rui Rio, o resultado eleitoral tem uma explicação: "Houve um voto útil à esquerda esmagador….esquerda mobilizou-se para evitar que o PSD nomeasse o primeiro-ministro."

Liberais em clima de festa

A sala encheu, há centenas de apoiantes, gritos frequentes de li-be-ral. A maior parte são jovens e a esmagadora maioria não usa máscara. Há pouco, um dirigente veio confirmar ao microfone o que já se sabia na sala mas os números oficiais vieram confirmar: a eleição de Rui Rocha em Braga, Carla Castro em Lisboa e de Patricia Gilvaz no Porto. Enquanto fala Rui Rio, só se ouve música ambiente. Rio é visto, mas não ouvido.

PAN à espera de mandato

Na sede de campanha do PAN, aguarda-se pacientemente a eleição de um primeiro deputado que não está garantido: as projeções atribuem um intervalo de entre 0 e 2 mandatos ao partido. Inês de Sousa Real já apareceu para cumprimentar os militantes, mas ainda não dá sinais de se pronunciar.

Rui Rio: "Ficámos com um resultado abaixo do que pensaríamos ter"

"Ficámos com um resultado abaixo do que pensaríamos ter, mesmo com este resultado não vamos ter qualquer défice", garante Rui Rio, no discurso de reação aos resultados.

"Entrouuuuuuuu!!", grita-se na sala do Chega

E no meio da monotonia da sala de conferências do Marriott, onde Ventura vai proferir o seu discurso da noite, ouve-se aos berros: "Entrouuuuuuuu!!" De cachecol do Chega à volta do pescoço, os poucos militantes presentes na sala celebraram, em tom de golo futebolístico, a entrada no Parlamento de Bruno Nunes, o primeiro deputado de Setúbal.

A maior euforia veio do número 3 da lista, Carlos Medeiros. "Só faltam dois! Só faltam dois!" Medeiros foi deputado em Genebra, Suíça, e era conhecido pela sua "bazófia", de óculos, roupa excêntrica e expressões, como se lê no artigo da20 Minutes.

Carlos Moedas foi dar um abraço a Rio "neste momento difícil"

O presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, chegou ao quartel general do PSD para dar "um abraço a Rui Rio". "Estou nos momentos bons e nos momentos difíceis com o PSD. Este é um momento difícil", declarou Moedas, descartando, por agora, uma candidatura à liderança do partido. "Sou presidente da Câmara de Lisboa."

Entre os apoiantes do PAN, o PS é cada vez mais apetecível

Apesar da campanha política, em que se disse "nem de esquerda, nem de direita", o PAN tem agora as esperanças numa vitória do PS sem maioria absoluta para integrar uma solução governativa. Na sua sede de campanha, a perspetiva é cada vez mais apetecível: a palavra "ecogeringonça" ouve-se repetidamente entre os seus apoiantes, e vários apoiam um entendimento em torno das principais bandeiras do partido - a proteção do ambiente e o combate às alterações climáticas.

O militante Paulo Sampaio Neves, que não é candidato e veio a Belém apoiar pessoalmente o PAN, diz que não é necessário que o partido "integre um governo com cargos ministeriais", mas acredita que "é possível e benéfica uma convergência em torno da emergência climática" com o PS, o Bloco de Esquerda e o Livre. A perspetiva de uma maioria absoluta do PS, no entanto, ainda ameaça gorar estes planos.

Alerta: direção de Rui Rio admite maioria absoluta do PS

Os elementos da direção de Rui Rio que estão reunidos com o líder, admitem como certa a maioria absoluta do PS, que deverá ser conquistada com os resultados do distrito de Lisboa.

Livre: Mais uma promessa, volta a Portugal em bicicleta

Jorge Pinto, 34 anos, cabeça de lista do Porto pelo Livre, bate-se pela mobilidade sustentável, não tem carro e veio de autocarro de Amarante até Lisboa, para a noite eleitoral na Casa do Alentejo. Demorou quatro horas. Mas se fosse eleito deputado (já não vai acontecer), far-se-ia à estrada na sua bicicleta, durante quatro dias, à média de 60km por dia a pedalar. "Para ir tranquilinho", diz.

Bloco promete manter as suas convicções

Não chumbámos o Orçamento por tática, mas porque não era bom. Bloco de Esquerda vai assumir a sua responsabilidade, diz Catarina Martins. Em resposta aos jornalistas, diz que o partido não vai mudar as suas convicções por causa dos resultado eleitoral.

A luta continua!": Jerónimo prevê "6 ou 7" deputados e atira aos media

"De 12 deputados passaremos para seis ou sete, mas serão deputados excelentes", afirma o secretário-geral do PCP. Jerónimo de Sousa refere que as perdas desta eleição "mais forças darão mais à frente" – esta é uma leitura que o partido procura passar para fora, a de que o PCP está na vida política no longo prazo e que não está a pensar nos ganhos ou perdas eleitorais de curto prazo.

Jerónimo atira pelo caminho à comunicação social, que prejudica o partido. A meio da conferência de imprensa fez um reparo jocoso a uma pergunta da SIC sobre as perdas eleitorais contínuas do partido, interrompendo a jornalista. "Estava a ver que não perguntava", o que motivou risos na sala e palavras de ordem: "A CDU avança, com toda a confiança!". A CDU perdeu dois terços do grupo parlamentar desde 2015.

Catarina Martins faz PS levantar-se

Declaração de Catarina Martins que dá como certa a maioria absoluta do PS faz a sala do Altis levantar-se em gritos de "PS! PS!".

Os socialistas estão cada vez mais eufóricos numa sala que já está acima da lotação.

A apreensão dos últimos dias deu lugar à euforia. E ninguém duvida de que o voto útil à esquerda foi o grande responsável. A estratégia de António Costa resultou.

Liderança do Bloco não está em jogo

Catarina Martins recusa demissões e remete decisão para os militantes. A deputada eleita pelo Porto diz ainda que o PS terá maioria absoluta.

Deputada do PSD: "O que falhou foi o povo português"

A deputada do PSD Isabel Meireles, confrontada com a vitória do PS, disse que o que falhou nestas eleições foi "o povo português".

Em entrevista à RTP, a deputada social-democrata lamentou os resultados das eleições legislativas, que foram vencidas pelo PS, tendo o PSD ficado em segundo lugar. "O que falhou foi o povo português", afirmou a advogada.

Catarina Martins assume derrota

A coordenadora do Bloco de Esqueda entrou na sala do Capitolio para dizer que é uma derrota a noite eleitoral.

Jerónimo abre a porta ao diálogo com o PS, mas avisa que vai "intensificar a luta"

Jerónimo de Sousa assume que o resultado do PCP "traduz uma quebra eleitoral com significativa perda de deputados" incluindo "a perda da representação do PEV" (o partido ecologista "Os Verdes", que deixa o Parlamento).

O secretário-geral deixa duas mensagens: por um lado, o PCP está disponível para "convergência" com o PS "à volta de coisas concretas", o que aparentemente abre uma porta ao diálogo; por outro, contudo, Jerónimo indica que o partido vai "intensificar a luta pela defesa dos direitos os trabalhadores", o que sugere uma ação mais robusta dos sindicatos afetos à CGTP, a maior central sindical do País.

Para justificar a derrota pesada, o líder o PCP atira para todo o lado: o PS (que se apropriou de medidas que foram contributo do PCP e que alimentou a bipolarização com o PSD), o Presidente da República (que "abriu a porta" à bipolarização alimentada por PS e PSD) ou a pandemia (e o "medo" que prejudicou o trabalho de campo do partido). E responsabilidades próprias? O partido fará uma "reflexão aprofundada" sobre os resultados.

PS vence eleições, mas Rio não deve ceder. Chega em terceiro e CDS fora do Parlamento

Ao que tudo indica o PS é o grande vencedor das eleições. Sem maioria absoluta, mas com mais votos do que em 2019.

Ainda assim, Rui Rio, o derrutado da noite não deve demitir-se.

O Chega deve ser a terceira força do parlamento. E o CDS corre mesmo o risco d enão ser eleito.

Catarina Martins fala pelas 22h45

Assessor do Bloco de Esquerda espalhou agora a informação que a coordenadora do partido fala daqui a 15 minutos. É necessário comecar a encher a sala porque os militantes estão todos no exterior.

Assistente do Livre promete pintar cabelo de verde

De cabelo rosa, Ana Bernardes chama a atenção à entrada da sala da Casa do Alentejo. Tem 24 anos, trabalha a tempo inteiro para o partido (é assistente administrativa) e fez uma promessa a 9 de janeiro, publicada no Twitter: "Se elegerem Rui Tavares, pinto o cabelo de verde."

Verde pela ecologia, um dos quatro pilares do partido - representado numa das pétalas da papoila, ícone do partido e símbolo da liberdade. As restantes pétalas da flor remetem para a liberdade, esquerda, Europa. Desde as 17h30 até às 22h, Ana já recebeu 60 militantes e simpatizantes do Livre, validando os certificados Covid (todos em ordem). Quatro deles pediram cartazes (há cerca de 50 na mesa) para recordação. "Bota Acima" são as palavras de ordem.

Sala onde André Ventura vai falar ainda está vazia

Os dirigentes do Chega já estão no hotel Marriott desde as 20h30, mas na sala de conferências, onde Ventura vai proferir o discurso final, está praticamente vazia.

Jerónimo de Sousa faz balanço da noite eleitoral

Jerónimo de Sousa prestes a entrar na sala enquanto os resultados oficiais confirmam que o PCP não conseguiu eleger João Oliveira em Évora, perdendo assim a presença que tinha neste distrito desde 1976. Em Évora o PS elege dois deputados e o PSD um.

João Galamba põe Costa a fazer festas a Zé Albino

O secretário de Estado Adjunto e da Energia, João Galamba, já está em modo de festa eleitoral. Antecipando uma vitória do PS, como os dados parecem indicar, partilhou no Twitter uma montagem de António Costa a fazer festas ao gato de Rui Rio, Zé Albino.

PCP pode perder metade do seu grupo parlamentar

Jerónimo de Sousa, secretário-geral do PCP, vai falar às 22h05 - já nas eleições autárquicas, onde averbou uma derrota pesada, o líder do PCP foi o primeiro a falar na noite eleitoral. O ambiente aqui continua a ser de pesar silencioso.

O PCP pode perder mais de metade do seu grupo parlamentar, que já tinha encolhido em 2019. O PCP perdeu a presença que tinha desde 1976 em Santarém e corre o risco sério de ver o mesmo acontecer em Évora.

PS vence em Viseu pela segunda vez na história

O PS foi o partido mais votado em Viseu, mas tem o mesmo número de deputados que o PSD, um bastião social-democrata. Mais nenhum partido elege em Viseu, de acordo com as contagens das 277 freguesias que já foram apuradas. Foram eleitos oito deputados por Viseu, quatro para PS e quatro para PSD.

A última vez que o PS tinha vencido o distrito de Viseu numas legislativas foi com a maioria de Sócrates em 2005. Esta é a segunda vez que o PS vence neste distrito.

Rui Rio não deverá pedir demissão

Apesar da derrota eleitoral, Rui Rio não deverá pedir a demissão de presidente do PSD. É isto que resulta das declarações da vice-presidente do partido àSÁBADO: "Se os resultados se confirmarem, vamos fazer uma oposição forte como sempre fizemos. Rui Rio tem toda a legitimidade", disse Isabel Meireles, recordando que, em dezembro, Rio foi eleito presidente do PSD para mais um mandato.

Catarina Martins já está eleita

A coordenadora do Bloco é a primeira eleita do partido. Neste caso, pelo distrito do Porto.

PAN: "Os resultados não são animadores"

No Centro Cultural de Belém, ouve-se a primeira admissão de derrota pelas 21h30. Apesar de considerar que se tratam de "dados preliminares", Nelson Silva, número 2 do partido pelo Círculo Eleitoral de Lisboa, afirmou que "os resultados não são particularmente animadores", e que "não é propriamente uma vitória" quando um partido "perde qualquer número de deputados". O deputado defende que "ainda é prematuro" falar de uma eventual mudança de liderança no PAN, mas que "os resultados têm peso na vida de qualquer partido político".

Recusando-se a confirmar se o partido dará a mão a António Costa em caso de vitória do PS sem maioria absoluta, Nelson Silva reiterou que o PAN vai "manter o diálogo com todas as forças políticas democráticas" na próxima legislatura.

Mariana Mortágua bem disposta

A sala do Capitólio está em silêncio, apenas com jornalistas. Cerca de trinta militantes estão no exterior, a confraternizar. São todos jovens e quase todos vestidos de preto.

Mariana Mortágua já passou por aqui, esteve a beber uma cerveja e a conversar com amigos, bem disposta (aparentemente). O seu lugar de deputada em Lisboa é certo, mas a noite do Bloco promete ser negra. No exterior está também José Gusmão e Beatriz Gomes Dias, esta última recém eleita vereadora sem pelouro na câmara de Lisboa.

PCP perde presença histórica em Santarém, Chega! elege deputado

"Oh não", diz um dos militantes do PCP que assiste à transmissão do conta-gotas dos resultados. O desagrado era sobre o desastre em Santarém: António Filipe não foi eleito e o PCP perde a sua presença histórica no distrito. Pior: o Chega! conquista pela primeira vez um deputado em Santarém.

Bala, a cadela liberal veio à noite eleitoral do dono

Bala tornou-se conhecida quando João Cotrim Figueiredo partilhou uma foto sua com o seu animal de estimação, em resposta ao tweet de Rui Rio com o gato Zé Albino.

Esta noite, Bala apareceu na sala da noite eleitoral da IL. O dono para já está resguardado e ainda não desceu para reagir a projeções e resultados.

Pedro Frazão por Santarém é o primeiro deputado do Chega

Pedro Frazão, cabeça de lista por Santarém é o primeiro deputado eleito pelo Chega.

Médico veterinário, professor de ciências, ultraconvervador católico supranumerário do Opus Deis e pai de oito filhos.Vice-presidente do Chega, vereador em Santarém e ajudou o partido no Parlamento para a pasta da agricultura. Contribuiu para as propostas da Família no gabinete de Estudos.

Costa diz que maioria absoluta “é um cenário extremo, que não é previsível”

António Costa está reunido com o secretariado nacional do PS no 13.º andar do Hotel Altis em Lisboa. E foi nesse quartel general socialista, que falou à RTP sobre as projeções das televisões.

Enquanto no piso onde se concentram os militantes há alguma euforia, Costa mantém a cabeça fria. Em declarações à RTP, disse que a maioria absoluta "é um cenário extremo que não é previsível".

Apesar disso, notou que há "um reforço" da votação no PS. O "segundo reforço" desde 2015. E defendeu que todos os partidos terão de tirar consequências disso.

Na sala onde está reunido o Estado Maior do PS, Costa tem Pedro Nuno Santos sentado à sua esquerda. Mas Pedro Nuno ainda não quis fazer grandes declarações à imprensa.

CDU elege o primeiro deputado em Beja

A CDU elegeu o primeiro deputado em Beja. João Dias é o primeiro eleito fora do PS e do PSD.

O cenário mais otimista da IL: conta redonda, dez deputados

Nos bastidores da noite eleitoral dos liberais fazem-se contas sobretudo ao número de deputados. Há a expectativa de que o partido possa mesmo chegar à dezena de deputados, o que significaria decuplicar o atual deputado único.

A hipótese de eleger quatro deputados em Lisboa, mais três no Porto, e ainda os cabeças de lista por Braga, Aveiro e Setúbal, é dada como em aberto. "O João [Cotrim Figueiredo] só falará tarde, quando as coisas estiverem mais claras", diz fonte do partido.

Além disso, é previsível que o facto de o partido ter maior votação nos centros urbanos, onde a contagem é mais lenta, prolongue ainda mais a espera por números concretos. Um dado a gerar também muitos comentários entre os liberais é o que consideram a aparente falha das sondagens, a confirmarem-se as projeções, na medida em que nenhuma, entre as mais recentes, previu uma distância tão grande à que agora se dá como separando PS e PSD.

Cinco ministros já foram eleitos

O ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos; o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues; a ministra da Saúde, Marta Temido; a ministra da Modernização, Alexandra Leitão e o Secretário de Estado da Saúde, António Sales, já foram eleitos como deputados pelo Partido Socialista.

Na sede do PAN, faz-se contas à geringonça

"E agora?", ouve-se entre as cerca de duas dezenas de militantes que se juntaram no Centro Cultural de Belém para apoiar o partido. Com um máximo de dois deputados eleitos, o PAN pode ser uma opção de solução governativa para o PS, presumível vencedor, mas "uma reedição da geringonça é o mais provável", diz um dos apoiantes. "Acham que vai acontecer a tal ecogeringonça?", questiona-se outro. "Pode ser, mas isto é como o râguebi: depende do lado em que se faz a placagem".

No PSD só Rui Rio deverá falar

Já ninguém espera que algum dirigente do PSD comente as primeiras projeções às Legislativas de 2022. Quase uma hora depois das televisões terem avançado com os números que indicam uma derrota pesada de Rui Rio, ninguém disse uma palavra.

Só Rui Rio fará uma intervenção quando os resultados estiverem minimamente consolidados.

Mais álcool, menos t-shirts

A IL aproveita para vendermerchandisinge recolher fundos. Mas, para já, a zona mais concorrida ainda é mesmo a do bar.

Livre à frente do CDS e do PAN?

Livre à frente do CDS e do PAN? Veremos... Jorge Pinto, cabeça de lista pelo Porto, começa por dizer que estas eleições não eram esperadas; que os portugueses não as queriam. "Sabemos que o Livre terá de continuar a existir. Temos uma missão pela frente."

A "defesa pela liberdade ecologicamente sustentável" é a bandeira, referiu. Há um mês, "não queriam falar de nós"; hoje, "marcámos o debate, independentemente dos resultados." Cauteloso, mas confiante, Jorge Pinto esquiva-se à pergunta de um jornalista sobre as sondagens da RTP que anteveem uma vitória do Livre, porventura à frente do PAN e do CDS. Prefere rematar com o discurso com as "ideias marcadas" por uma "esquerda europeísta."

PAN: "O apuramento final ainda é prematuro"

"As sondagens não refletem o sentido de voto dos portugueses", reagiu o PAN às projeções que apontam para uma perda tudo menos certa de deputados. "O apuramento final ainda é prematuro", pelo que o partido aguardará "serenamente pelos resultados finais da votação".

O PAN elegeu quatro deputados para a anterior legislatura; nesta, segundo as projeções de entre 1% e 3% dos votos, terá no máximo dois, e corre o risco de sair do hemiciclo. Ainda assim, o porta-voz, Ricardo Vicente, disse que "o PAN é um partido útil à democracia portuguesa" e que vai continuar a "mostrar disponibilidade para fazer passar causas" e "ultrapassar dificuldades".

IL à espera de uma noite longa

Apesar do enorme otimismo na sala, a verdade é que se espera que a noite eleitoral se arraste. Isto, porque o partido quer ter clara a situação em que fica em relação ao Chega. Uma das projeções à boca das urnas admite um cenário em que a L é terceira e o Chega quarto, e será preciso contar os votos até ao fim para ter certezas. Por outro lado, o voto mais urbano, e por isso mais concentrado, da IL permitiria também, em tese, uma cenário em que a IL poderia ser quarta em votos e mesmo assim ficar à frente em número de deputados. Com estas perspetivas em aberto, os liberais querem contar os votos até ao fim.

Em Rans, Tino ficou em terceiro

Em Rans, a freguesia-natal do líder do RIR, Vitorino Silva, conquistou 16,4% dos votos, abaixo do PS, que conquistou a freguesia com 43,2% e do PSD, que obteve 27%.

Ainda assim, o partido de Tino de Rans ficou à frente de Chega, a quarta força política da freguesia de Penafiel, no Porto, com 3,7%, e de Iniciativa Liberal, Bloco de Esquerda e CDS, que tiveram entre 1,5 a 2%. A CDU e o PAN tiveram menos de 1% dos votos nesta freguesia, onde a abstenção foi inferior a 40%.

“Confiança e otimismo” no PS

Duarte Cordeiro desce à sala de imprensa do Altis para dar "um sinal de enorme confiança e otimismo", recusando comentar a possibilidade de uma maioria absoluta, que as projeções mostram ser possível.

"Foi uma campanha em crescendo", disse o diretor da campanha de António Costa, que vê nestas projeções "uma vitória da humildade" e "da estabilidade".

Duarte Cordeiro não se quis alongar sobre com quem poderá o PS falar amanhã, insistindo que os socialistas já deixaram claro isso na campanha.

Sem maioria absoluta, o mais certo será uma governação à Guterres, com um bloco central informal. Mas sobre isso Cordeiro não quis falar.

"Uma grande noite para o liberalismo"

Rodrigo Saraiva da IL, acaba de reagir às primeiras projeções: "Esta noite Portugal está mais liberal". "A IL foi o único partido que se apresentou com objetivos claros, quantitativos e qualitativos." Parece que "isso foi reconhecido. As nossas ideias foram as ideias que marcaram a campanha. Afirmámos de forma convincente que o liberalismo funciona e faz falta a Portugal. Conseguimos mobilizar os setores mais dinâmicos da sociedade e os jovens para estas eleições. Quase todos os dados indicam que alcançaremos os nosso objetivos e iremos possivelmente ultrapassá-los."

E terminou com uma nota otimista; "A probabilidade de ser uma grande noite para o liberalismo é grande. Aguardemos." Num partido muito ideológico, a palavra "liberalismo" e suas declinações desencadeiam sempre uma reação na sala. De resto, a audiência, com muitos jovens, parece espelhar a reivindicação do orador em relação à mobilização da juventude.

Número 2 da IL dada como eleita

Parabéns, parabéns: a nº 2 da Iniciativa Liberal (IL) é dada como eleita pelos liberais. Carla Castro não tem mãos a medir: a número dois da IL por Lisboa é a mulher a quem toda a gente quer dar os parabéns na noite eleitoral. Todas as projeções garantem à partida a eleição segura da até agora assessora do grupo parlamentar do partido.

O terceiro também é de provável eleição (Rodrigo Saraiva) e, com os dados em cima da mesa, o partido ainda espera conseguir eleger, num cenário otimista, o quarto, e conseguir eleger em Setúbal, Braga e Aveiro. Para já os resultados projetados permitem essa expectativa. Carla Castro não esconde a satisfação: "Estamos muitos felizes", sobretudo porque "foi um caminho feito sem populismo, e quando há uma no ninguém sonhava nada disto".

O “diabo está nos detalhes”

Projeções que dão a maioria absoluta como possível animaram a sala do Hotel Altis onde o PS faz a noite eleitoral. Mas nos bastidores socialistas lembra-se que "o diabo está nos detalhes" e aguarda-se para ver o número de deputados eleitos.

No Altis, a maioria dos militantes acredita que o voto útil funcionou à esquerda. "As pessoas culpabilizaram PCP e BE pelo Orçamento", comenta um militante, enquanto outra socialista garante. "Uma amiga que sempre votou BE foi votar PS". A estratégia de António Costa parece ter resultado e já está fora de hipótese o partido perder hoje o seu secretário-geral.

Há, contudo, ainda a dúvida: precisará Costa de governar à Guterres? Ou será o primeiro socialista depois de Sócrates a conseguir a maioria absoluta? Uma coisa parece certa: tal como Costa tinha vaticinado, a geringonça parece morta.

Bloco assume derrota e culpa PS

O partido liderado por Catarina Martins reagiu às projeções pela voz de Pedro Filipe Soares. "As projeções são más noticias e apontam para uma derrota do Bloco de Esquerda", disse o n°2 do partido por Lisboa.

A sua intervenção foi pautada com alguns aplausos dos militantes presentes. Três metros abaixo estava Fernando Rosas, fundador do partido e ex-deputado. Ao lado, Joana e Mariana Mortágua. Oinner circledo partido, cerca de 10 pessoas, saíram por uma porta para ouvir Pedro Filipe Soares. Algures numa sala do Capitólio está Catarina Martins a digerir a derrota.

Pedro Filipe Soares diz que as eleições foram uma "estratégia de chantagem do PS, que resultou", referindo que houve um fenómeno de voto útil à esquerda. O candidato a deputado diz que o partido parte agora para a possibilidade de uma nova geringonça com o PS numa situação "mais difícil". Disse ainda que a noite vai ser longa e que esperam pela contagem dos votos devido aos intervalos das projeções. O Bloco espera ainda atenuar a derrota. Há projeções que dão o partido a perder metade da sua bancada parlamentar.

"Vamos ter calma", diz Duarte Pacheco

O deputado social-democrata Duarte Pacheco apelou, esta noite, à "calma" perante as primeiras projeções avançadas pelas televisões. "Para os partidos grandes, o resultado final pode ser diferente do que alguns estão já a festejar", declarou o deputado no hotel onde o PSD se encontra a acompanhar a noite eleitoral.

Pedro Melo do CDS reconhece a vitória da esquerda

O vice-presidente Pedro Melo do CDS reconhece a vitória da esquerda, mas quer esperar por resultados mais definitivos. E assegura que o CDS vai fazer uma oposição forte com o número de deputados que conseguir eleger.

Primeiro mandato atribuído vai para o PS

José Luís Carneiro, antigo secretário de Estado das Comunidades Portuguesas entre 2015 e 2019, foi o primeiro deputado eleito nas legislativas de 2022. Foi eleito pelo círculo eleitoral de Braga.

O segundo deputado é também do PS, João Nuno Azevedo, por Viseu.

Silêncio no CDS

As projeções que atribuem ao CDS não mais do que três deputados, mantém a sala no silêncio. "Os portugueses não aprendem com os erros", diz uma militante jovem. Os poucos militantes, a maioria jovens, animam-se quando no ecrã da televisão passa a projeção para o concelho de Aveiro. "4,7 para Aveiro? Quanto é preciso para eleger?" Há quem tente dar algum conforto. "Calma, faltam muitas freguesias" Espera-se pela reação do vice-presidente Pedro Melo para breve.

PS em vantagem em todas as sondagens

Todas as sondagens à boca das urnas - (Intercampus, Pitagórica, Católica e ISCTE) - dão umavitória folgada ao Partido Socialista, mas sem maioria absoluta.

Projeções: PCP terá o pior resultado da sua história

Silêncio esmagador na sala onde os militantes do PCP assistem à divulgação das projeções na televisão: o PCP terá o pior resultado da sua história em legislativas, podendo perder metade do seu grupo parlamentar de 12 deputados. Os 4,5% projetados na sondagem da Intercampus ficam bastante abaixo dos 6,3% de 2019 e são quase metade dos 8,25% de 2015. Na sala ouve-se apenas as vozes dos membros da comissão política que reagem em simultâneo a cadeias de televisão distintas e que, para já, chutam para canto: resultados são só projeções e, a confirmarem-se, não espelham o trabalho feito pelo PCP.

IL: alegria mas não euforia

Na IL, as primeiras projeções são recebidas ao som de "li-be-ral, li-be-ral". O partido estava à partida sereno com as notícias de projeções que iam chegando, e o bom resultado, para já dentro ou acima do que tinha sido estipulado como objetivo, é visto com satisfação.

"Estamos em grande", dizia um dirigente àSÁBADO. Mas o risco real de ficar atrás do Chega e de ver o PSD, e portanto a direita, muito atrás do PS, acabam por temperar o entusiasmo. Curiosamente, muita gente comenta pela sala, em pequenos grupos, o mau resultado do BE, que se arrisca a ficar como quinto partido.

Projeções foram recebidas com frieza na sede do PAN

As primeiras projeções foram recebidas com frieza na sede do PAN, onde a sala se vai compondo de militantes. O partido, que já vislumbrava a perda de deputados, confronta-se agora com a perspetiva de sair da Assembleia da República.

Militantes do PSD acompanharam os números e gelaram

Uns dez segundos de silêncio. Às 20h, a sala do Hotel Sana Marquês arrefeceu completamente quando as televisões avançaram com as primeiras projecções. Os militantes do PSD acompanharam os números apresentados e gelaram. A derrota de Rui Rio parece certa. Até que, ao fundo, dois homens começaram a entoar "PSD!, PSD!". Os restantes militantes entraram no coro, mas o entusiasmo durou pouco.

Silêncio total na sede do Bloco de Esquerda

Projeções dão o partido em quinto lugar. Militantes na sede não chegam às duas dezenas. Ha muito mais jornalistas.

Hostes do PS já gritam "vitória"

Projeções recebidas com euforia no Hotel Altis. Hostes do PS já gritam "vitória". Alguns, mais entusiasmados, gritaram até "fascismo nunca mais". A JS faz a festa.

IL preparar ecrãs para a noite eleitoral

Na IL, acabam, só agora, de ser montados dois ecrãs para acompanhar as projeções das televisões. E faz-se algum silêncio na sala enquanto um deles mostra um ambiente animado na sala do PS.

Sondagem da Intercampus dá vitória folgada ao PS

A primeira  sondagem da Intercampus dá uma vitória expressiva ao Partido Socialista que consegue 39,6% dos votos, enquanto o PSD consegue 29,7% dos votos. 

A sondagem dá o terceiro lugar ao Chega, com 5,8% dos votos, seguida da Iniciativa Liberal, com 5,5% dos votos. BE e CDU têm, respetivamente, 4,4% e 4,5% dos votos. O PAN consegue 1,7% dos votos, o CDS 1,6% e o Livre 1,4%.

A sondagem da Intercampus dá ainda 5,8% para os votos em branco/nulos.

A margem de erro da sondagem é de 3%.

CDS à espera de respostas

No Largo do Caldas, chegam alguns, poucos militantes à sala onde até há pouco só estavam jornalistas. Perante o que parece ser o pior resultado de sempre da história do CDS, espera-se uma reacção de Francisco Rodrigues dos Santos. O líder do CDS ja se encontra na sede, mas não há indicação de quando irá responder à possível perda de deputados no Parlamento.

No PCP o ambiente é de espera nervosa

A noite eleitoral do PCP faz-se no hotel Sana Metropolitan, a metros da sede comunista, em Lisboa. Na sala há ainda poucas figuras de proa do partido - o deputado Duarte Alves é uma delas - e o ambiente é de espera nervosa. O partido, sempre organizado, vai reagir às projeções das 20h através de seis membros da comissão política, que falarão a canais de televisão diferentes.

Aos jornalistas foram entregues senhas de refeição e de café - mais café, que a noite pode ser longa. O PCP procura não perder votos e mandatos após o resultado de 2019, o pior da sua história em legislativas.

PAN diz que abstenção está “aquém do objetivo nacional”

À chegada ao CCB, onde o PAN aguarda os resultados eleitorais da noite, Inês de Sousa Real qualificou como "lamentável" a abstenção destas legislativas, que deverá situar-se entre os 49% e os 54%. "Estamos muito aquém do objetivo nacional", disse a líder do partido, que vincou a "necessidade de mudar o sistema eleitoral", por exemplo, antecipando para os 16 anos a idade de voto.

Quanto à perspetiva de uma redução no número de deputados, Sousa Real disse que levará "a uma reflexão interna" do partido, mas sublinhou que "o PAN faz falta à Assembleia da República", e que "continuará a trabalhar pelas causas que defende seja qual for o resultado de hoje".

Ambiente frio no Bloco de Esquerda

As projecções que circulam entre jornalistas e militantes confirmam os números das sondagens: o Bloco de Esquerda deverá perder deputados. Os 19 deputados e os 9,52% de 2019 parecem agora, apenas dois anos depois, uma miragem.

Catarina Martins, como é hábito, fez o possível para não ser vista a chegar à sede da noite eleitoral. Chegou numa carrinha do partido pelas 19h30 e entrou numa porta lateral, quase sem ser vista pelas câmaras de televisão. Poucas caras conhecidas ainda.

Apenas José Gusmão e Maria Mortágua. Às 19h30 as colunas começaram a tocar uma canção de Sérgio Godinho, "Até já, até já". Um refrão que pode ser premonitório de uma nova geringonça com o PS.

Jornalistas atropelam-se no cimo da escadaria para a chegada de Rui Tavares

"É uma tontice estar ali na escada", diz um operador de câmara. Outro relativiza: "Isto não é o PS". Mas foi falso alarme, não chegou ainda.

"Trouxemos mais pessoas" a votar, diz IL

Na IL, a primeira reação da noite, neste momento, é de Rodrigo Saraiva, o responsável pela comunicação do partido e também candidato a deputado. E que, se os resultados do partido forem positivos, pode ser eleito esta noite.

Com uma palavra de "congratulação" a todos os portugueses que participaram. Face aos números da abstenção, considerou o responsável, "trouxemos mais pessoas para o jogo democrático" e , se assim é "há condições eleitorais para pôr Portugal a crescer".

O crescimento foi o lema de campanha da Il. Mas o ambiente no quartel general é calmo - mas não exultante. Para já, há poucos militantes ou apoiantes a circular. Daqui a pouco haverá nova projeção, mas já aos números das projeções.

Há falta de entusiasmo no PSD

A meia hora do encerramento das urnas (nos Açores) e da divulgação das primeiras projecções pelos vários canais de televisão, nota-se uma falta de entusiasmo no PSD. Os militantes chegam a conta-gotas e não enchem a sala do hotel. Entretanto, começam a circular no WhatsApp vários resultados das projecções

Livre está na Casa do Alentejo, mas ainda são mais os jornalistas que os militantes

Na Casa do Alentejo, local escolhido para apresentar resultados, Isabel Mendes falou sobre a abstenção às 19h15, prevendo que seja menor do que nas últimas, e frisou as dificuldades dos portugueses votarem no estrangeiro - o que inflaciona o abstencionismo. A sala só tem jornalistas e alguns militantes jantam na taberna. Provavelmente migas.

Inês Sousa Real ainda não está no Centro Cultual de Belém

Na sede do PAN, Inês de Sousa Real está atrasada: a chegada da líder do partido foi anunciada para as 18h, e depois para as 19h. Perto das 19h30, ainda não chegou ao Centro Cultural de Belém, onde o partido reagirá aos resultados da eleição.

Catarina Martins chegou agora ao Capitólio

A coordenadora do Bloco de Esquerda entrou rapidamente por uma porta lateral do teatro Capitólio e não falou aos jornalistas.

O CDS passa a noite eleitoral em casa

O CDS passa a noite eleitoral em casa, na sede de Lisboa, no Largo Adelino Amaro da Costa

"Eu não tenho crenças", diz Costa

António Costa apareceu distendido, no Hotel Altis, para falar aos jornalistas sobre a abstenção, registando a "total normalidade" com que decorreram estas eleições, nas quais não se registou qualquer boicote.

"Todas as pessoas puderam votar em segurança", sublinhou o secretário-geral do PS, que recusou fazer prognósticos sobre o desfecho da votação, mas saudou o que parece ser uma descida da abstenção.

Costa aproveitou apenas para "desejar que esta noite eleitoral seja esclarecedora", num altura em que tudo aponta para que tenha havido "uma mobilização muito grande" dos eleitores.

"Os cidadãos perceberam que estas não eram umas eleições iguais às outras", analisou, sem comentar o otimismo que se sente nos bastidores socialistas nem fazer cenários sobre vitórias ou maiorias.

"Eu não tenho crenças", disse.

Abstenção: Não há razão para o CDS estar "marginalmente satisfeito"

No CDS, o vice-presidente Pedro Melo reagiu aos valores da abstenção, dizendo que não há razão para o CDS estar "marginalmente satisfeito, porque o número continua a ser preocupante."

David Justino: “Não há palpites”

"Não há palpites." David Justin , vice-presiente do PSD, muito cauteloso à chegada ao hotel.

No IL cocktails para ajudar a passar o tempo

Na Iniciativa Liberal há cocktailspara ajudar a passar o tempo. Mas o líder, Cotrim Figueiredo, ainda não chegou.

Manifestação de negacionistas a passar perto do Hotel Altis, onde o PS vai passar a noite eleitoral

"Liberdade sim, ditadura não", gritam os manifestantes.

A abstenção perto dos 50%

As urnas encerraram agora às 19h e as projecções apontam para a abstenção a rondar os 50%.