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A amnésia geral do autarca Paulo Cafôfo

Maria Henrique Espada
Maria Henrique Espada 15 de novembro de 2018 às 15:35

Ouvido no inquérito à queda da árvore que matou 13 pessoas em 2017, o autarca do Funchal não sabia de nada nem se lembrava de muita coisa. Nem conhecia os chefes de divisão da sua própria autarquia, os nomes dos parques ou se são da câmara a que preside

"Em data que não tem presente"; "data que não sabe precisar"; "data que não recorda; "por deliberação de data que não recorda": começa assim o depoimento de Paulo Cafôfo no Departamento de Investigação Criminal do Funchal, ouvido como arguido no inquérito à queda da árvore na freguesia do Monte, a 15 de Agosto de 2017, em que morreram 13 pessoas. Mas o início nem é o mais estranho: é admissível que pudesse não ter datas presentes, de forma precisa ou aproximada. No entanto, este início deu o mote para todo o interrogatório, ao longo do qual Paulo Cafôfo manifestou desconhecer praticamente tudo sobre a sua própria autarquia, equipa, acções, e até sobre decisões que supostamente teria acompanhado. Cafôfo não foi pronunciado pelo Ministério Público, mas a SÁBADO teve acesso ao seu depoimento, em que a estratégia do autarca parece ter sido, do princípio ao fim, a de expressar total ignorância das questões do município. 

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