Sábado – Pense por si

A tragédia esquecida e sem compensações

Maria Henrique Espada
Maria Henrique Espada 08 de março de 2019 às 07:00

Os familiares das vítimas dos incêndios de 2017 e da derrocada na pedreira em Borba foram indemnizados. Os dos 13 mortos pela árvore do Funchal, não. Esperam um longo processo judicial e vivem com uma sensação de injustiça.

Bárbara Santos Freitas, 34 anos, perdeu a mãe sob os ramos da árvore que caiu no Funchal há ano e meio. Neste espaço de tempo, tem escrito a toda gente. Mandou emails para a Presidência da República, dirigidos a Marcelo Rebelo de Sousa, e para São Bento, para o primeiro-ministro António Costa. Recebeu resposta, de Belém, a dizer que a questão está com o Ministério Público e que mais não se pode fazer. São Bento acusou a receção. Não é muito. "É por desespero que o faço, eu sei perfeitamente que não podem fazer nada. E sei que ninguém vai trazer de volta a minha mãe, mas pode-se fazer justiça, e nós não tivemos justiça. É uma sensação de impotência e de revolta que não passa. Não consigo fazer o luto."

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