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21 portugueses a serem retirados do Sudão, relata ministro. Um ficou

Leonor Riso , Lusa 24 de abril de 2023 às 09:40
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João Gomes Cravinho relata que o português que escolheu ficar se encontra "numa zona relativamente segura no sul do país". Já morreram 420 pessoas nos confrontos.

O ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, revelou esta segunda-feira que 21 portugueses estão a ser retirados do Sudão. Um decidiu ficar. Segundo o ministro, "ainda não estão todos [os portugueses] fora do país, mas estão todos fora da situação de maior perigo". 

EPA/STRINGER

Aos jornalistas, o ministro revelou que dos 22 portugueses identificados como estando no Sudão, 21 quiseram sair "e são eles que estamos a apoiar". Quem ficou encontra-se "numa zona relativamente segura no sul do país", sendo que os restantes encaminharam-se para "as fronteiras". 

Espanha trouxe uma portuguesa e a missão italiana também trouxe portugueses. Itália anunciou a retirada de 136 pessoas da capital do Sudão, Cartum, entre eles portugueses, para Djibuti. 

O Governo português tinha dito que o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) e o Ministério da Defesa Nacional estavam "a trabalhar em articulação, juntamente com outros países aliados, com vista à retirada, em segurança, dos cidadãos nacionais que se encontram no Sudão".

"Foram já contactados todos os cidadãos nacionais conhecidos no Sudão, e as diferentes situações estão a ser acompanhadas", adiantou o Ministério dos Negócios Estrangeiros.

O MNE tinha adiantado à Lusa que era pouco mais de "uma dúzia" os portugueses que se encontravam no Sudão quando eclodiram os combates.

Desde 15 de abril que se registam violentos combates no Sudão, num conflito que opõe forças do general Abdel Fattah al-Burhane, líder de facto do país desde o golpe de 2021, e um ex-adjunto que se tornou um rival, o general Mohamed Hamdan Dagalo, que comanda o grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido (RSF, na sigla em inglês).

O balanço provisório dos confrontos indica que há mais de 420 mortos e 3.700 feridos, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Com Lusa 

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