Sábado – Pense por si

Detidos do caso Chimarrão libertados após MP assumir falta de tempo para analisar provas

São suspeitos de se ter apropriado de cerca de 40 milhões de euros dos fundadores do grupo de restauração.

Os três detidos no caso de burla informática no grupo Chimarrão saíram hoje em liberdade do Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC), após o Ministério Público (MP) admitir que precisa de "mais tempo para analisar provas", adiantou fonte judicial.

Getty Images

Segundo referiu a mesma fonte à Lusa, o MP considerou que era necessário uma análise mais aprofundada da prova recolhida contra os três suspeitos detidos na quarta-feira e que foram presentes a juiz para primeiro interrogatório, optando por não promover as medidas de coação.

Perante esta situação, o juiz de instrução Nuno Dias Costa decidiu libertar os três suspeitos, podendo, "porventura, se necessário, notificar os arguidos mais tarde" para prestar declarações nesta investigação de cibercrime e criminalidade económico-financeira que terá resultado na apropriação de cerca de 40 milhões de euros dos fundadores do grupo de restauração.

A informação da libertação dos três detidos pela Polícia Judiciária (PJ) na operação denominada "Assinatura d’Ouro" foi avançada hoje de tarde pela CNN Portugal.

A operação da PJ desencadeou buscas em Lisboa, Coimbra e Porto, cumprindo 25 mandados de buscas domiciliárias e não domiciliárias, com cerca de 150 operacionais da PJ envolvidos, mobilizando várias unidades desta polícia, nomeadamente a de perícia financeira e contabilística e a de perícia informática.

Aos três detidos juntou-se posteriormente um quarto, todos portugueses, com idades entre os 25 e 45 anos. São considerados suspeitos dos crimes de acesso ilegítimo e sabotagem informática, burla informática, falsificação de documentos e branqueamento de capitais.

A PJ explicou que os suspeitos se aproveitaram da "situação de vulnerabilidade das vítimas", assumindo gradualmente o controlo das empresas do grupo e desviando "património avaliado em dezenas de milhões de euros".

A operação decorreu no âmbito de um inquérito em curso no Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa e possibilitou a recolha de provas documentais e digitais, bem como a apreensão de imóveis, veículos de luxo, contas bancárias e participações em sociedades.

Artigos Relacionados
Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
GLOBAL E LOCAL

A Ucrânia somos nós (I)

É tempo de clarificação e de explicarmos às opiniões públicas europeias que sem Segurança não continuaremos a ter Liberdade. A violação do espaço aéreo polaco por parte da Rússia, com 19 drones, foi o episódio mais grave da história da NATO. Temos de parar de desvalorizar a ameaça russa. Temos de parar de fazer, mesmo que sem intenção, de idiotas úteis do Kremlin. Se não formos capazes de ajudar a Ucrânia a resistir, a passada imperial russa entrará pelo espaço NATO e UE dentro

Editorial

Só sabemos que não sabemos

Esta ignorância velha e arrastada é o estado a que chegámos, mas agora encontrou um escape. É preciso que a concorrência comece a saber mais qualquer coisa, ou acabamos todos cidadãos perdidos num qualquer festival de hambúrgueres