No total, foram realizadas 123 diligências de busca domiciliárias, em empresas e em organismos públicos, em Portugal.
Onze pessoas foram detidas e outras 33 constituídas arguidas num processo que resultou no desmantelamento de um esquema europeu de fraude ao IVA de carros usados, divulgou a GNR.
Em comunicado, a GNR informou que, no âmbito da operação "Netto Price", foram apreendidos 139 veículos automóveis de média e alta gama, cinco embarcações, 70 equipamentos tecnológicos e informáticos diversos e ainda 47 mil euros em numerário, no valor total de cerca de 2,6 milhões de euros.
Nesta operação, que envolveu mais de uma centena de buscas domiciliárias, em empresas e organismos públicos, foram igualmente constituídas arguidas 16 sociedades anónimas.
No total, foram realizadas 123 diligências de busca domiciliárias, em empresas e em organismos públicos, em Portugal (108), Reino Unido (sete), Alemanha (seis) e Letónia (duas).
"Tendo em consideração a dimensão transnacional dos ilícitos, a operação teve, no plano da cooperação policial, o patrocínio e apoio operacional da EUROPOL, em território nacional e no do Reino Unido, e no âmbito da coordenação e da cooperação judiciária, a intervenção do EUROJUST", refere a nota.
O Gabinete de Recuperação de Ativos (GRA) português garantiu o congelamento de 72 contas bancárias e outros instrumentos financeiros detidos pelos suspeitos em Portugal e no Reino Unido, de valor ainda não quantificado.
A investigação sobre esta atividade criminosa estava a ser desenvolvida há cerca de dois anos e permitiu identificar uma rede com dimensão transnacional, que operava simultaneamente em Portugal, no Reino Unido, na Alemanha e na Letónia.
Esta rede recorria a "esquemas de triangulação de faturação entre sociedades de diferentes Estados Membros e à constituição de sociedades 'missing trader', que emitiam faturação falsa, criando circuitos documentais destinados a atestar a introdução em Portugal de veículos automóveis usados, sonegando o IVA devido ao Estado Português, com a cumplicidade de funcionários intervenientes na legalização dos veículos".
Paralelamente -- acrescenta a GNR -- "recorriam à emissão massiva de faturação falsa com o intuito de permitir a outros operadores a obtenção indevida de deduções e reembolsos de IVA, bem como a obtenção fraudulenta de fundos europeus para o desenvolvimento".
Com recurso a este esquema, a organização conseguiu "uma vantagem patrimonial ilegítima de pelo menos cinco milhões de euros".
Os suspeitos identificados encontram-se indiciados pelos crimes de associação criminosa, fraude fiscal qualificada, branqueamento, corrupção ativa e passiva, prevaricação, denegação de justiça e fraude na obtenção de subsídio.
Os detidos serão presentes hoje, dia 28 de fevereiro, no Tribunal Central de Instrução Criminal para aplicação de medidas de coação.
Participaram nesta operação peritos forenses da EUROPOL, que apoiou também com analistas de informação, da Autoridade Tributária e Aduaneira e da estrutura de investigação criminal da GNR.
As diligências de investigação contaram com a participação da Autoridade Tributária e Aduaneira, através da Direção de Finanças do Porto (AT).
Na operação foram empenhados cerca de 300 militares da GNR, pertencentes à Unidade de Ação Fiscal, aos Comandos Territoriais do Porto, Lisboa e da Madeira, e à Unidade de Intervenção, tendo também colaborado elementos da Polícia de Segurança Pública e funcionários da Autoridade Tributária e Aduaneira.
No plano internacional a operação foi apoiada pelo Her's Majesty Revenue and Customs (HMRC) do Reino Unido, pelo Steuerfahndung da Alemanha e pela Polícia Estatal da Letónia.
11 detidos e 33 arguidos em processo de fraude ao IVA em carros usados
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Seria bom que Maria Corina – à frente de uma coligação heteróclita que tenta derrubar o regime instaurado por Nicolás Maduro, em 1999, e herdado por Nicolás Maduro em 2013 – tivesse melhor sorte do que outras premiadas com o Nobel da Paz.
“S” sentiu que aquele era o instante de glória que esperava. Subiu a uma carruagem, ergueu os braços em triunfo e, no segundo seguinte, o choque elétrico atravessou-lhe o corpo. Os camaradas de protesto, os mesmos que minutos antes gritavam palavras de ordem sobre solidariedade e justiça, recuaram. Uns fugiram, outros filmaram.
É excelente poder dizer que a UE já aprovou 18 pacotes de sanções e vai a caminho do 19º. Mas não teria sido melhor aprovar, por exemplo, só cinco pacotes muito mais robustos, mais pesados e mais rapidamente do que andar a sancionar às pinguinhas?
Um bando de provocadores que nunca se preocuparam com as vítimas do 7 de Outubro, e não gostam de ser chamados de Hamas. Ai que não somos, ui isto e aquilo, não somos terroristas, não somos maus, somos bonzinhos. Venha a bondade.