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"Em primeiro não é o PSD, em primeiro está Portugal", diz Rio no fim da campanha

04 de outubro de 2019 às 20:38

Líder social-democrata diz que ter "postura de Estado" inclui disponibilidade para construir reformas só possíveis com consenso alargado.

O presidente doPSDencerrou, esta sexta-feira, a campanha eleitoral afirmando que "primeiro está Portugal" e não o partido, e reiterou que ter "postura de Estado" inclui disponibilidade para construir reformas só possíveis com consenso alargado.

Rui Rio, que tinha anunciado a anulação do comício de Lisboa devido à morte deFreitas do Amaral, fez hoje uma intervenção no Largo do Carmo um pouco mais curta que o habitual, mas que contou com o habitual palco, bem como com os hinos e bandeiras do partido.

Em cerca de 12 minutos, o líder do PSD procurou resumir os principais pontos do programa e quis deixar uma mensagem que não está no documento, mas diz fazer parte da "maneira de ser" do PSD, "a postura de Estado".

"Essa postura de Estado inclui também a nossa disponibilidade para com os outros construirmos e fazermos as reformas de que Portugal necessita e que só com os outros podem ser feitas", afirmou.

"Nós fazemos isto porque estamos na política para honrar aquilo que sempre tenho dito: em primeiro não é o PSD, em primeiro está Portugal", afirmou.

O líder do PSD quis terminar o discurso saudando democraticamente os seus adversários das eleições de domingo.

"Há muitas diferenças entre nós, nalguns casos gigantescas, mas eu acredito que estão todos por Portugal e por isso vamos aguardar pelo veredicto do povo, aceitá-lo democraticamente porque, como diz a canção, o povo é quem mais ordena", afirmou, repetindo uma ideia de que já tinha deixado à hora de almoço.

Referindo-se ao trabalho da campanha, Rio considerou que o PSD "fez o seu trabalho".

"Aguardamos serena e respeitosamente a decisão do povo", referiu.

No início do seu discurso, Rio fez uma homenagem a Freitas do Amaral, que faleceu na quinta-feira e a cujo velório irá depois deste comício.

O líder do PSD reiterou ter escolhido fazer o encerramento da campanha no Largo do Carmo por ser um "lugar simbólico" para Portugal, onde "voltou a renascer a democracia e a liberdade" no dia 25 de Abril.

"Ainda hoje temos de defender a liberdade do politicamente correto que muitas vezes se assume como imposição das minorias às maiorias. Continuamos a ser livres e não aceitamos a ditadura do politicamente correto", salientou.

Rio fez novo apelo contra a abstenção, não só pelo respeito pelos que lutaram pelo direito de voto, mas frisando que não votar é reforçar a atual solução governativa.

"Neste domingo, quem não votar, quem se abstiver, está no seu direito, mas tem de perceber que está a reforçar aquilo que existe. E o que existe é o PS, o PCP e o BE em maioria. Se quiserem mudança, têm de mudar o seu voto", apelou.

O líder do PSD voltou a defender que o voto no PSD "não é para a esquerda nem para a direita, é para o centro".

"O PSD é o partido do centro e o voto no centro é o voto na moderação", defendeu.

Antes, a cabeça de lista por Lisboa, Filipa Roseta, fez uma curta intervenção de três minutos para deixar uma crítica ao líder do PS, que Rui Rio não mencionou no seu discurso.

"Hoje ouvi António Costa dizer que precisava de votos para o PS ter as mãos livres. Para que é que eles querem as mãos livres?", questionou, recolhendo uma assobiadela das pessoas que preenchiam cerca de metade do Largo do Carmo.

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