Costa diz que todos os refugiados da Ucrânia "são muito bem-vindos"
António Costa diz que tropas portuguesas estão "em prontidão" para partir para países da NATO com fronteira com a Ucrânia e deixa recado aos "27 estados-membros" da União Europeia para que sejam "solidários" com os refugiados ucranianos.
António Costa já deu instruções às embaixadas portuguesas para "acelerar a emissão de vistos" para ajudar todos os que querem fugir da guerra a sair da Ucrânia. O primeiro-ministro português fez questão de deixar uma mensagem de solidariedade a todos os imigrantes ucranianos que vivem em Portugal e anunciar que "os seus familiares, amigos, conhecidos" serão "muito bem-vindos".
O primeiro-ministro anunciou que Portugal vai "assegurar proteção internacional a todos os que dela carecem" e deixou um apelo aos restantes membros da União Europeia.
"Espero que a União Europeia (EU) adote sem a menor restrição as suas responsabilidades em matéria de assegurar a proteção internacional", disse numa declaração aos jornalistas em São Bento, lembrando que esse "é mesmo um dever que nos implica a todos" e que "em todos os casos temos de ser solidários".
Costa lembrou que nas últimas semanas vieram para Portugal 40 portugueses ou luso-ucranianos que estavam na Ucrânia e que neste momento há 202 cidadãos nacionais identificados, para os quais está previsto um plano de evacuação, que passará pela saída terrestre do território ucraniano, uma vez que o espaço aéreo está encerrado.
Tropas portuguesas só em "missões de dissuasão" fora da Ucrânia
António Costa explicou ainda que há neste momento tropas portuguesas "em prontidão em cinco dias" para integrarem forças da NATO em missões de "dissuasão" em países que pertençam a esta organização e façam fronteira com a Ucrânia.
"A NATO não intervirá na Ucrânia", sublinhou o líder do Governo português, recordando que Kiev não aderiu a essa organização, pelo que qualquer missão será sempre fora do seu território, em países que pertençam à organização atlântica.
Costa explicou que todas essas movimentações têm sido discutidas e preparadas com o Presidente da República, em articulação com Rui Rio, o líder do principal partido da oposição, e que o Conselho Superior de Defesa Nacional – que reunirá ao final da manhã desta quinta-feira – deverá agora analisar a autorização necessária para que as tropas avancem, no quadro do que for definido pela NATO.
Esta quinta-feira, o Conselho Europeu – reunido ao nível dos embaixadores – deverá também definir as sanções a aplicar em reação ao avanço das tropas russas em território ucraniano.
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