Sábado – Pense por si

Alberto Gonçalves
Alberto Gonçalves
15 de dezembro de 2015 às 08:00

Regresso à paranormalidade

Vá-se lá saber porquê, não aprecio entusiastas do Terceiro Mundo e respectivos aliados, para cúmulo quando não hesitam em recorrer a truques “constitucionais” a fim de obter o que a democracia não lhes deu

A nova estratégia da Frente Popular consiste em exigir concórdia e paz universal. É verdade que, durante semanas, a esquerda não fez outra coisa a não ser insultar os partidos da "direita", os eleitores da "direita" e o Presidente da República da "direita". Agora, que enfim o PS ocupa formalmente o Governo e os partidos comunistas informalmente mandam, os apelos à harmonia sucedem-se. Isto lembra os assaltantes que, após o tiroteio no banco, se dirigem à polícia: "Rapaziada, o roubo está consumado e não vale a pena andarmos com desaguisados evitáveis: nós ficamos com o dinheiro e vocês vão à vossa vida. Marca-se um jantar para o Natal?" Em termos só ligeiramente diferentes, o ministro de Qualquer Pasta, Augusto Santos Silva, recomenda a cura das "feridas" (cito) não com "vinagre, mas remédio". É o chamado remédio Santos.

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A Ucrânia não ficará sozinha

Zelensky vê na integração na UE uma espécie de garantia de segurança, ainda que não compense a não entrada na NATO. É possível sonhar com um cessar-fogo capaz de evitar uma futura terceira invasão russa da Ucrânia (agora para Odessa e talvez Kiev, rumo às paredes da frente Leste da UE)? Nunca num cenário de concessão do resto do Donbass. O invadido a oferecer, pela negociação, ao invasor o que este não foi capaz de conquistar no terreno? Não pode ser. Aberração diplomática que o fraco mediador Trump tenta impor aos ucranianos.